O mundo das viagens anda mudando de rumos. O que antes era primeira opção para os viajantes acaba sendo lugar visado pelo terrorismo, novas guerras, disputas por poder, petróleo ou até água.

Surgem então destinos antes ignorados, que acabam virando notícia nas páginas especializadas e fazendo parte daquelas listagens dos dez mais, novo sonho de consumo de quem já viu muito além fronteiras.

Colombia, pertinho da gente, é país que coloca suas atrações naturais e seus tesouros culturais para o consumo dos viajantes, agora que a assinatura dos acordos de paz entre o Estado e as Farc colocou um fim nos perigos que existiram durante mais de meio século. 2017 será o Ano da França-Colombia, com mais de 400 eventos programados nos dois países. Próximo do equador, Colombia tem clima relativamente estável. A melhor época para viajar conhecendo todo o potencial turístico da região é entre dezembro e abril.

Munique tem muito mais para mostrar do que a Oktoberfest, que não é sua única atração, embora seja a mais divulgada. A alegre cidade alemã, capital da Baviera, agrega ainda, além de sua história, arquitetura, folclore e gastronomia, a possibilidade de visitas aos castelos da região. E, como novidade, tem o primeiro museu Street Art da Alemanha. O melhor período para viagens é na primavera europeia.

Crans-Montana, na Suíça, fica 1.500 metros acima do nível do mar, em um plateau no Sul, famosa como a grande estação de ski do Valais. O panorama dos picos mais elevados é único. A cidade centenária passou recentemente por um programa de renovação na hotelaria, setor de ski, equipamentos esportivos. Sempre foi um lugar luxuoso e agora ficou ligada ao conforto moderno nos parques de neve (snowpark), renovação das estações, novos equipamentos de subida, novas pistas e trilhas com 10 quilômetros de escalada, além da pista de patinação no gelo ao ar livre. Crans-Montana tem 140 quilômetros de descida a partir da Plaine-Morte (3.000). O calendário de festas começa com o Festival de Balões a gás (14 e 15 de janeiro), Winter Golf Cup ( 2 a 5 de fevereiro), Copa do Mundo de Ski ( 25 e 26 de fevereiro), Festival nas Alturas ( 6 a 9 de abril).

San Sebastian, no país basco, foi Capital Cultural da Europa em 2016 e se orgulha de uma economia em pleno desenvolvimento e de ter a maior concentração de Chefs estrelados da Espanha. O aristocrático balneário está rejuvenescido, combinando imóveis art-deco, galerias de arte moderna, eventos culturais constantes e uma bela costa visitada por iates do mundo todo. Ideal para ser visitada nos 365 dias do ano, pode ser alcançada em viagens do TGV até Hendaye, seguindo depois com a navette ferroviária Eusko Tren.

Cannes festeja em maio de 2017 os seus 70 anos de sucesso do Festival. É programa para o ano todo, mas convém viajar antes ou depois de maio, evitando as multidões de fãs de amantes do cinema e de stars.

Le Havre é cidade portuária reconstruída após guerra por Auguste Perret. Seu coração em cimento rosado é integrante da lista da Unesco desde 2005. O visitante se encanta com o porto normando, o centro ultra moderno, as docas renovadas e uma incrível arquitetura assinada por Perret, Niemeyer, Jean Nouvel e tanto outros famosos. Os canais seguem temas como literatura, cinema e sempre causam espanto. Foi berço do Impressionismo, onde Claude Monet pintou Impression Soleil Levant. O museu MuMa é o segundo maior dedicado ao impressionismo, depois do Orsay de Paris. Le Havre foi fundada em 1517 por François I e festeja agora seus 500 anos com um calendário repleto de atrações especiais durante 5 meses, a partir de maio até 5 de novembro. A primavera do hemisfério norte é a melhor época para visitar a cidade.

Japão – País do Sol Nascente, sempre foi considerado um destino longínquo, exótico, distante também culturalmente. As cidades em destaque são sempre Tóquio e Kyoto, mas o Japão se estende por mais de 300 quilômetros e está sempre preparado para receber turistas, oferecendo surpresas a cada esquina e segurança para os visitantes. A melhor época para chegar até lá é a primavera.