A Prefeitura de Curitiba evitou que a cidade perdesse o direito a obter pelo menos R$ 2,3 bilhões em financiamentos para grandes obras. Trata-se de recursos aos quais o município estava habilitado a usufruir, mas que corriam o risco de serem cancelados pelos órgãos financiadores, por não cumprimento de contratos anteriores ou mudanças nos projetos. Parte deles chegou a ser efetivamente cancelada.

Entenda os financiamentos renegociados pela Prefeitura

A maior parte dos financiamentos renegociados pela Prefeitura refere-se a parte de recursos federais destinados ao projeto do metrô e que agora deverão ser usados em outros projetos de mobilidade e trânsito. O Ministério das Cidades cancelou R$ 1,8 bilhão do projeto, que durante a gestão anterior, sofreu alterações. O orçamento passou para R$ 5,5 bilhões, o que inviabilizou o financiamento e execução da obra tal como proposta.

O prefeito Rafael Greca propôs usar esse dinheiro em outros projetos de mobilidade e transporte público – sugestão que foi aceita pelo ministério. Agora, os projetos técnicos estão sendo atualizados e estruturados pela Prefeitura de acordo as especificidades do financiador para posterior apresentação dos financiamentos.

Entre eles, o prioritário estabelecido pelo prefeito é a conclusão da Linha Verde, requalificação da linha Interbairros 2 (que envolve uma série de obras ao longo do trajeto), ligeirões Norte-Sul e Leste-Oeste e uma nova ligação entre Curitiba e Fazenda Rio Grande.

O projeto do metrô não foi colocado de pé da forma como deveria, diz secretário de Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur. Mas há formas de usar esse dinheiro em projetos que irão melhorar a mobilidade em Curitiba.

O prefeito Rafael Greca identificou o problema ainda durante a transição e foi a Brasília negociar a manutenção dos recursos, que são fundamentais para tocar projetos de maior envergadura para melhorias no município. Representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento, do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal participam esta semana de reuniões com a Prefeitura a fim de dar prosseguimentos aos processos.

Os projetos em pauta envolvem mobilidade urbana (com obras voltadas ao trânsito e ao transporte) e macrodrenagem (de melhoria dos sistema de galeria pluviais, antienchente).

O secretário de Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, destaca que a fase atual é de intensa negociação e de adequação dos projetos, que precisam cumprir as exigências dos agentes financiadores e comprovar sua funcionalidade – ou seja, que vão efetivamente servir aos objetivos propostos.

Projetos que são prioritários há bastante tempo precisam ter seus dados básicos atualizados – como, por exemplo, o fluxo de veículo em determinada via prevista para receber obra.

Cumprida essa etapa, os projetos serão finalizados, com todos os detalhes das obras, e encaminhados aos financiadores, que então procedem à avaliação, aprovação e liberação dos recursos.

A administração precisa mostrar competência e capacidade de executar o que está propondo; é isso que estamos fazendo, diz Jamur. Por determinação do prefeito Rafael Greca, estamos ‘brigando’, no bom sentido do termo, para viabilizar obras fundamentais e de grande porte para o município.

Segundo Jamur, é inadmissível a cidade ter enfrentado uma situação de perda de grandes financiamentos por problemas de gestão. Voltamos ao jogo de maneira mais efetiva.

Entre os projetos prioritários, estão a finalização da Linha Verde – principal prioridade do prefeito Rafael Greca na área de mobilidade –, a requalificação da linha Interbairros 2 (que envolve uma série de obras ao longo do trajeto), os ligeirões Norte-Sul e Leste-Oeste e uma nova ligação entre Curitiba e Fazenda Rio Grande.

Já na área de macrodrenagem, há projetos para ampliação e melhoria do sistema do Rio Belém (a partir do campus da PUC), Barigui (dar sequência nas obras ao sul da cidade) e no Pinheirinho (na Linha Verde).

Curitiba tem vários projetos prioritários. Neste ‘pacote’ que estamos negociando vamos apresentar aqueles que tenham mais chance de obter, efetivamente, recursos o mais rapidamente possível. É fundamental voltarmos a ter obras que melhorem a vida das pessoas, diz Jamur. Na sequência, vamos em busca de novos financiamentos.