Com o período de chuvas intensas no Litoral do Paraná, o Corpo de Bombeiros alerta para os riscos de afogamento para quem nada nos rios da região. A preocupação maior é com o fenômeno conhecido como cabeça d’água, que é a cheia repetina e violenta do volume de água no rio. Isso acontece especialmente em regiões de serra, onde a chuva, mesmo que distante, acaba concentrando muita água que desce rápida para as partes mais baixas, surpreendendo os banhistas.

Quando a água está descendo com bastante velocidade existe a presença de espuma que não permite que a gente flutue ou que possamos praticar a natação, então por mais que a pessoa saiba nadar ela não vai conseguir, explica o tenente Murilo de Oliveira do Corpo de Bombeiros.

Acidentes com cabeça d’água ocorrem com frequência no Litoral, mais comum em Morretes, no rio Nhundiaquara e outros córregos da região. Nesta temporada os bombeiros já tiveram de resgatar seis pessoas e uma morreu afogada, isso apenas em Morretes. A morte aconteceu no final de janeiro, justamente provocada por uma cabeça d’água.

De acordo com o oficial, é importante não se banhar em locais ermos e sim onde há maior concentração de pessoas e atendimento de guarda-vidas, os quais ficam em locais específicos. Percorremos os principais pontos de locais de banho e fazemos a prevenção distribuindo panfletos e avisando sobre a prática de lazer sem riscos, também disponibilizamos alguns materiais flutuantes, como boias com cordas, conta o tenente Oliveira.

Para quem for praticar uma atividade como o boia cross, pedimos que utilizem o EPI (equipamento de segurança) adequado, como colete e capacete, para que esse equipamento forneça uma flutuação que permita que a pessoa brinque no rio, diminuindo assim o risco de afogamento. Aos demais banhistas orientamos que procurem estar em um local movimentado e com a proteção de guarda-vidas, finaliza o tenente.


Dicas

Como reconhecer uma cabeça d’água

– Algumas orientações são importantes para reconhecer quando uma cabeça d’água está se formando.
– Ouvir barulhos (estrondos) provenientes de algo como água, rochas e galhos em colisão e em turbilhonamento.
– Mudança na cor da água.
– Aumento do nível e velocidade de escoamento do rio em período de poucos segundos.
– Chegada de detritos e sedimentos como folhas, galhos e ramos.
– Em qualquer um destes sinais, saia da água rapidamente.

Orientações do tenente Corpo de Bombeiros, Murilo de Oliveira