SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O indicado ao cargo de secretário da Marinha dos EUA pelo presidente Donald Trump, Philip Bilden, retirou seu nome neste domingo (26), alegando conflitos de interesses.
Bilden afirmou que “após extenso processo de avaliação, decidi que não serei capaz de satisfazer os requerimentos do Escritório de Ética Governamental sem uma ruptura indevida e adversa dos interesses financeiros e privados de minha família”.
Ex-militar da inteligência, Bilden dirige o braço de Hong Kong de uma firma de capital privado.
É o terceiro nome do gabinete de Trump a renunciar. O conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, pediu demissão no último dia 13 em meio após ter sido revelado que ele conversou com o embaixador russo nos EUA sobre as sanções contra Moscou antes mesmo de Trump tomar posse.
Dois dias depois, o indicado para chefiar a pasta do Trabalho, Andrew Puzder, desistiu na véspera da avaliação de seu nome por uma comissão do Senado. Dono de uma rede de restaurantes fast-food, ele vinha sendo criticado até mesmo por republicanos por sua atuação controversa como empresário.
Agora, Trump está em busca de um nome não só para chefiar a Marinha, que ele prometeu expandir, mas também o Exército. No início deste mês, o indicado para chefiar essa pasta, Vincent Viola, também havia retirado seu nome.
O secretário de Defesa, James Mattis, disse estar desapontado mas que entende a decisão de Bilden. “Nos próximos dias eu recomendarei ao presidente Trump um líder que possa guiar nosso time da Marina enquanto executamos a visão do presidente para reconstruir nossas Forças Armadas”, declarou Mattis.