SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um grande incêndio florestal provocou transtornos no sul da Espanha neste final de semana, forçando a retirada de mais de 2.000 pessoas na região do Parque Nacional de Doñana, localizado a cerca de 560 quilômetros de Madri. As chamas começaram na noite de sábado (22) na localidade de Moguer e, devido aos ventos fortes, se espalharam rapidamente. Moradores e turistas na região foram removidos e, neste domingo (25), estradas foram temporariamente interditadas enquanto os bombeiros trabalhavam para apagar o incêndio. Algumas pessoas tiveram de passar a noite em uma praia. Ainda que as chamas não tenham afetado a segurança da população, ao menos duas casas foram danificadas. Até a conclusão desta edição, os focos de incêndio ainda não haviam sido totalmente controlados pelos bombeiros. O incêndio ameaça o equilíbrio do parque nacional, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco. O governo disse ter transportado animais de um centro de proteção na região. “Tudo aponta para que o incêndio tenha ares de catástrofe”, disse Miguel Delibes, presidente do conselho participativo da reserva natural. Especialistas avaliam que as chamas tiveram causas naturais, mas não está descartada a hipótese de incêndio criminoso. “Vamos até o fim para saber o porquê de um incêndio desta magnitude, em uma área tão sensível como o entorno do Espaço Natural de Doñana e com tantas famílias”, declarou Susana Díaz, chefe do governo da região autônoma da Andaluzia. Dáz também agradeceu ao rei Felipe 6º por ter demonstrado interesse pela situação das chamas na região. A Espanha sofre com uma seca e várias regiões do país estão em alerta máximo de incêndio, incluindo parte da província andaluz de Huelva, onde fica o parque. No vizinho Portugal, ao menos 64 pessoas morreram e mais de 250 ficaram feridas em um incêndio florestal de grandes proporções na semana passada próximo ao vilarejo de Pedrógão Grande.