ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, ENVIADA ESPECIAL
PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – O aumento do imposto sobre combustíveis foi alvo de João Doria (PSDB) em sua passagem pela China, onde estará até domingo (30) “para vender São Paulo” a bancos estatais e empresas locais.
A alta pode encorpar o caixa do governo federal, mas “não é boa para os municípios, pois pode impactar no transporte público”, disse. E isso reflete diretamente na tarifa de ônibus, afirmou.
Doria disse ainda que não aumentará o preço do transporte público paulistano -mas que isso terá um custo. “Nos comprometemos em janeiro a manter a tarifa a R$ 3,80, mas há de se ter em conta que o impacto do diesel vai pressionar.”
A Frente Nacional de Prefeitos, da qual o tucano é vice-presidente, já pediu ao governo Temer que volte atrás no caso do diesel -que teve sua tributação elevada na sexta (21), junto com o etanol e a gasolina.
Acontece que o diesel abastece a maioria da frota de ônibus do país, e o “custo operacional das concessionárias” vai disparar, disse Doria.
Segurar as passagens em R$ 3,80 será “um sacrifício”, afirmou o prefeito, sem especificar onde seu governo poderia cortar na carne para subsidiar o gasto extra das concessionárias -o contrato delas, segundo Doria, prevê reembolso em caso de “aumento substancial” do custo.
‘ACELELA’
Enquanto conversava com jornalistas sobre o novo drama tributário do país, Doria não segurou o riso. Reação a chineses que gritavam “acelela” a poucos metros dele, na Muralha da China.
O grupo foi instruído pela equipe de comunicação do prefeito a bradar o bordão predileto do prefeito, #acelera, para vídeos que abasteceriam suas redes sociais -os locais também repetiram o V na horizontal, gesto com as mãos inventado pelo publicitário Nizan Guanaes para a campanha eleitoral de 2016.
Outra acolhida amiga: um casal de maranhenses que visitava a atração turística interpelou Doria e declarou apoio a uma eventual candidatura dele à presidência.
MAGIC PAULA
O prefeito também se manifestou sobre o que definiu como um “mal entendido” com a ex-jogadora de basquete Magic Paula.
Doria havia a anunciado como madrinha de um projeto de incentivo ao basquete, na quinta-feira (20). No dia seguinte, Magic Paula disse que não era bem assim.
“Surpreendida” com o anúncio, escreveu no Facebook: “Gostaria de esclarecer que não fui consultada previamente sobre o assunto e que em nenhum momento fiz parte da elaboração deste projeto”.
O tucano afirmou que, de fato, seu secretário de Esporte, Leonardo Picciani, “não falou com ela antes”. O plano agora, disse, é “conversar com ela quando eu voltar ao Brasil. Vamos tomar um café”.