SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dez marinheiros estão desaparecidos e cinco ficaram feridos depois que um navio de guerra da Marinha americana colidiu com um petroleiro a leste de Cingapura neste domingo (20). Foi o segundo acidente envolvendo destróieres americanos no Pacífico em menos de três meses. O USS John S. McCain colidiu com o petroleiro Alnic MC, registrado na Libéria, enquanto se dirigia ao porto de Cingapura.

Relatos iniciais da Marinha indicaram que o navio americano sofreu danos em sua lateral. As cabines da tripulação, a casa de máquinas e a sala de comunicações foram inundadas. O tanque também foi afetado, mas não houve vazamento de combustível significativo no local. Uma missão de busca e salvamento foi iniciada. Navios, helicópteros e rebocadores de Cingapura, bem como aeronaves da Marinha dos Estados Unidos realizam buscas na região do acidente.

O comando da Marinha informou que não há indícios de que a colisão tenha sido intencional e que “todas as possibilidades” serão analisadas, incluindo falhas nos radares, ciberinterferências e até mesmo sabotagem. Uma pausa operacional de até dois dias será realizada para revisar procedimentos de treinamento e de segurança, informou o almirante responsável John Richardson, chefe de operações navais.

Em junho deste ano, o navio USS Fitzgerald naufragou ao se colidir com um cargueiro próximo à costa do Japão. Sete militares americanos morreram e três ficaram feridos, incluindo seu capitão. Na ocasião, equipes procuraram durante horas pelos desaparecidos até que seus corpos fossem achados em uma área inundada do navio. A perda de dois destróieres em momento de tensão com a Coreia do Norte é preocupante, segundo o almirante aposentado e ex-comandante da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) James Stavridis. Uma investigação será aberta para determinar as causas dos dois acidentes.