O curitibano pode até não ser conhecido como um dos foliões mais animados do Brasil, mas isso não significa que o comércio da cidade não tenha que se preparar para atender a demanda carnavalesca. Prova disso é que o setor de festas garante já estar com tudo pronto para a festividade que acontece na segunda semana de fevereiro. E o clima entre os comerciantes é de otimismo.
De acordo com Tamara Nudelman Rosenberg, sócio-proprietária da Nudelmania, e Carlos Eduardo Kleuser, gerente da Isofestas, o Carnaval é uma espécie de ‘Natal’ para o setor de festas, com um crescimento de aproximadamente 15% nas vendas em relação a um mês ‘normal’, sem festividades.
As datas festivas em geral são boas para a gente. Uma loja de roupas, por exemplo, trabalha o ano inteiro para faturar de verdade no Natal. Com a gente é assim também, mas as datas festivas é que são nosso Natal, afirma Rosenberg.
Segundo os empresários, o movimento carnavalesco ainda não teve início na cidade. A partir da próxima semana, contudo, os foliões devem começar a dar as caras nas lojas de artigos para festas para procurar produtos como confetes, serpentina, tinta, spray para o corpo e para o cabeça, fantasias e outros adereços. E o comércio já está pronto para lidar com a alta na demanda.
Nós já estamos prontos, antecipamos e compramos tudo no final do ano. Se deixar para em cima da hora é complicado, porque a demanda é grande e as indústrias entram em férias coletivas, explica Rosenberg. Já temos toida a linha comprada e a partir da outra semana já começa o movimento. Infelizmente, neste ano as aulas só voltam depois do Carnaval. Se começasse antes, seria bom para nós, que entre 60 e 70% da demanda gira em torno das escolas, complementa Kleuser.
Apesar desse empecilho gerado pelo calendário, a expectativa do setor é otimista. A Isofestas, por exemplo, estima manter o mesmo fluxo de vendas registrado no ano passado. A crise deu uma diminuída, então esperamos manter o mesmo faturamento do ano passado, o que já está de bom tamanho, aponta o gerente. Temos de acreditar. Somos brasileiros, não desistimos nunca. Por isso, acreditamos que vai ser bom, torce a empresária.
Os 30 dias entre a metade final de janeiro e o início de fevereiro são bons para o setor de festas em Curitiba. Mas o crescimento de 15% no faturamento nem se compara com a alta comumente registrada no Halloween, em outubro, quando o movimento nas lojas de artigos festivos apresenta o melhor resultado.