Com o período de férias, o número de pessoas em viagens aumenta e um dos itens que precisa estar na mala é a carteira de vacinação em dia. Para quem tem como destino áreas rurais ou de mata, a imunização contra a febre amarela é essencial. A vacina é ofertada gratuitamente nos 110 postos de saúde da cidade.

Curitiba não está na área recomendada pelo Ministério da Saúde para vacinação contra a febre amarela, ao contrário de uma grande área do território nacional em que a imunização é imprescindível (além de vários destinos internacionais).

O alerta da necessidade de vacinação para viajantes aumentou com os recentes casos registrados no interior de São Paulo e com as campanhas emergenciais do Ministério da Saúde de vacinação fracionada em municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Curitiba não tem casos registrados de febre amarela silvestre ou urbana há anos, mas é preciso que a população mantenha o cuidado com a própria saúde, colaborando para manter o município imune, destaca o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides de Oliveira. A vacina precisa ser tomada pelo menos dez dias antes do embarque.

No Brasil só há casos de febre amarela silvestre e não urbana. A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A FEBRE AMARELA

Quem deve se vacinar em Curitiba?

Pessoas que moram ou vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro das áreas de risco no Brasil ou no exterior. A imunização deve ser feita dez dias antes da viagem.

Para quais destinos nacionais a vacina é recomendada?

A lista de cidades brasileiras com recomendação de vacina pode ser consultada em http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/listavacinacaofa.pdf (atualizada em dezembro/2017). As crianças podem tomar a dose padrão a partir dos nove meses de idade.

Quem mora em Curitiba e não tem planos imediatos de viajar precisa procurar pela vacina contra a febre amarela agora?

Não. Curitiba é uma área sem recomendação para a vacina pelo Ministério da Saúde, por não apresentar risco de contaminação na cidade. Os estoques da vacina nos postos de saúde estão normais.

A dose da vacina aplicada nos postos de saúde de Curitiba é integral ou fracionada?

Em Curitiba, a dose aplicada para a febre amarela é a dose padrão, com 0,5 ml. A dose fracionada representa 1/5 da dose padrão, com 0,1ml e foi adotada em campanhas de vacinação emergencial de 76 municípios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Há contraindicações para a vacina?

A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas.

Em situações de viagem para área de risco para pessoas desses grupos, um médico deve avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta a possibilidade de eventos adversos.

Caso a mulher esteja amamentando e tenha que tomar a vacina, a amamentação precisa ser suspensa por 28 dias.

Em crianças, a vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo em que a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Como se prevenir da febre amarela?

Além da vacinação, é importante combater o vetor do vírus da doença, que é o mosquito; evitar áreas de mata com registros da doença.

A febre amarela

A febre amarela é uma doença sazonal, geralmente com aumento de casos de dezembro a maio. O tipo mais comum é do tipo silvestre, em que os macacos são os principais hospedeiros do vírus. A transmissão ao ser humano ocorre quando o mosquito que picou um macaco infectado depois pica o homem. São de febre amarela silvestre os onze casos registrados desde julho de 2017 (8 em São Paulo, um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal).