SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Irã tem se mantido dentro das restrições impostas pelo acordo nuclear de 2015 com potências ocidentais, afirma relatório confidencial da Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica) desta quinta-feira (22). 
A República Islâmica não excedeu seus limites nos estoques de urânio de baixo enriquecimento e de água pesada e não enriqueceu urânio acima do limite de 3,63% de pureza determinado pelo acordo, que levantou sanções internacionais contra Teerã. 
O acordo teve como meta estender o tema necessário para que o Irã construísse uma bomba nuclear para cerca de um ano, em vez de meses, e vem sendo alvo de críticas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem pressionado países europeus e o Congresso americano para consertar o que chama de “falhas terríveis” no documento. 
Em janeiro, Trump estendeu o acordo nuclear, mas disse que seria a última vez, para dar uma chance aos aliados dos EUA de corrigi-lo num prazo de 120 dias. São signatários do texto, além de EUA e Irã, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia.
O Irã acusa Washington de tentar sabotar o acordo.
O relatório acrescenta que o Irã informou a agência por carta sobre uma decisão de “construir no futuro propulsão nuclear naval”. 
A Aiea requisitou esclarecimentos e aguarda resposta do governo iraniano.