Pegou muito mal a tentativa do governo do Estado de acionar o “rolo compressor” para aprovar, às vésperas do recesso da Assembleia Legislativa, uma ampla anistia de devedores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A iniciativa levou muitos parlamentares – inclusive da base governista – a questionar quais seriam os beneficiados, e se entre eles, não estariam muitos doadores da campanha eleitoral. As suspeitas se tornaram ainda mais fortes pelo fato de que o próprio governo não soube ou não quis informar qual o montante das dívidas com o ICMS que poderiam se enquadrar nessa anistia. E o fato da proposta vir à tona em fim de mandato, já que em outubro, os paranaenses elegem um novo governo, que será fatalmente afetado por essa renúncia fiscal.