A notícia de que o governo federal reduziria de US$ 300 para US$ 150 a cota de compras na fronteira pegou de surpresa a candidata do PT ao governo do Estado, senadora Gleisi Hoffmann, justamente no dia em que ela desembarcou no Paraguai. Na tentativa de desfazer o estrago, a petista anunciou hoje que a Receita Federal voltou atrás, e que a cota vai continuar sendo de US$ 300.

Gleisi disse ter recebido a notícia da suspensão da portaria da Receita da assessoria da Casa Civil e do Ministério da Fazenda. “Esta medida não vai entrar em vigência. Era, na realidade, uma regulamentação sobre free shops e não deveria tratar da cota. A redução será suspensa e vamos voltar à cota de US$ 300”, assegurou. Na manhã de hoje, a candidata se encontrou com o presidente Horácio Cartes, no Palácio de los Lopes, e visitou o Senado paraguaio.

A redução da cota foi manchete nos jornais do Oeste e Noroeste, rádios e TV’s e um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Uma das brincadeiras correntes é de que a cúpula da Receita é formada por eleitores tucanos. Até porque, tudo o que Dilma e os candidatos petistas não precisavam nesse momento era de uma notícia dessas. Mesmo com o recuo, não pegou nem um pouco bem para a candidata do PT e para o governo Dilma Rousseff, principalmente na região da fronteira, que depende do comércio com o Paraguai para atrair turistas e negócios.