BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A mais grave crise política do governo Temer levou a Câmara a incluir como opção na reforma política a proposta do “distritão” como sistema eleitoral para as eleições de 2018.
Neste modelo, são eleitos os candidatos mais votados, e os “puxadores de voto” deixam de favorecer nomes menos lembrados pelos eleitores.
Este sistema seria só uma ponte até se chegar, em 2022, ao “distrital misto”, pelo qual metade das cadeiras seria preenchida pela lista fechada (nomes escolhidos pelo partido) e a outra metade, por candidatos mais votados por região.
O presidente da comissão especial da reforma política, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), afirma que a proposta tem o apoio de pequenas e grandes siglas, como PMDB, PSDB, DEM, PP, PTB, PSD, Podemos (ex-PTN) e PRP.
Para Vieira Lima, o “distritão” reduz o número de candidaturas e permite que o eleitor saiba que está elegendo. Segundo o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), o modelo enfraquece partidos e, por extensão, a democracia.
Há dois caminhos para a proposta: o relator, Vicente Cândido (PT-SP), inclui o “distritão” em seu texto ou uma emenda é apensada àquela relatada pelo petista.