Topa o desafio!

A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) acaba de lançar, em parceria com o portal Veggo e apoio da Ampara Animal e do Instituto Luisa Mell o Desafio 21 Dias sem Carne. A proposta quer mostrar que é possível ter uma alimentação simples e saudável sem carne e sem produtos de origem animal.

“O desafio foi pensado para ajudar pessoas que querem descobrir novos sabores e adotar uma alimentação mais ética, saudável e sustentável”, explica Mônica Buava, gerente de campanhas da SVB. Lucas Alvarenga, fundador do portal Veggo, complementa: “A alimentação sem carne é nutricionalmente completa, ambientalmente positiva e pode ser deliciosa”.

Os padrinhos do desafio são a ativista e protetora animal Luisa Mell, o fisiculturista vegano Paulo Victor Guimarães e a atleta olímpica Fernandinha, medalha de ouro pela seleção brasileira de vôleie a nutricionista Paula Gandin.

Ao final do desafio, os participantes terão economizado quase 48 mil litros de água (equivalente a mais de 1 ano de banhos diários), 420 kg de grãos, 56m² de floresta desmatada e 189 kg de CO2.

O Desafio 21 Dias Sem Carne tem regras muito simples: se inscrever no site www.desafio21diassemcarne.com com o endereço de e-mail. Além de um vídeo introdutório sobre o assunto, o participante recebe receitas, informações e dicas diárias de nutricionistas e especialistas durante o desafio, que pode ser começado em qualquer dia. 

O participante também desafia outros três amigos a passar 21 dias sem nenhum tipo de carne ou produtos de origem animal, fazendo posts sobre a experiência nas redes sociais com a hashtag #21DiasSemCarne.

A indústria da carne e derivados é uma das maiores responsáveis pela poluição de rios, desertificação do solo, desmatamento de florestas e emissão de gases de efeito estufa. Mais do que isso, em plena crise hídrica em várias partes do Brasil, são consumidos mais de 15 mil litros de água para produzir cada Kg de carne bovina.

Por ano, são mortos no mundo mais de 70 bilhões de animais terrestres – entre frangos, porcos, vacas e outros bichos abatidos no processo de produção de carnes, laticínios e ovos. A maior parte destes animais vive em sistema de confinamento intensivo, sem espaço para se locomover adequadamente, e são abatidos em idade precoce após um crescimento acelerado.

Para cadakg de carne produzido, são consumidos de 3 a 10 kg de ração à base de vegetais como milho e soja. Essa ineficiência resulta em grande desperdício de alimentos, que poderiam ser usados para alimentar diretamente seres humanos em situação de insegurança alimentar.

O consumo de carnes tem sido associado à maior incidência de doenças crônicas não-infecciosas como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. A alimentação vegetariana é nutricionalmente completa e pode trazer benefícios à saúde, conforme já é reconhecido pelo maior Conselho Regional de Nutrição brasileiro (CRN-3) e por outras associações de nutricionistas de todo o mundo, como a American DieteticAssociation (ADA).