
Na tarde de ontem um dos maiores investidores do turfe brasileiro venceu mais uma prova graduada. O Clássico Orsenigo (Listed) e seu respectivo troféu foram para a família Araújo, que brilhantemente conquista resultados expressivos com a farda do Haras do Morro.
Já havia vencido uma prova graduada como criador de Old Shipman no sábado, além de estar potagonizando nas provas da coroa carioca e claro, ter vencido a última edição do GP Brasil (G1) com o craque Quarteto de Cordas.
Mas a vitória de Isola di Fiori na tarde de ontem, para cima de animais como Efetivo Bull e o vencedor do GP Major Sukow (G1) Voando Sorrindo, coloca ainda mais em evidência um criador que está obtendo resultados espetaculares. Estamos falando do Haras Palmerini.
Há menos de um mês, no mesmo haras que criou esta magnífica velocista, tivemos a única égua brasileira representante do Brasil na principal prova do continente, Hassenah.
Ao contrário de Isola di Fiori, Hassenah gosta de distâncias maiores. Da milha aos dois quilômetros ela vem se mostrando imbatível em São Paulo, inclusive vencendo os machos. Não terá tempo de se preparar para o GP São Paulo (G1), contudo, se dessem dois meses para o Beto Feltran prepará-la, correria como favorita.
E essa diferença de distância entre duas éguas que sairam do mesmo centro criatório não é coincidência. A capacidade de gerar animais para diversos tipos de pista e distâncias é um dos fatores que mais impressiona.
Três semanas atrás, o potro Keep Down venceu de maneira inconteste o GP Enio Buffolo (G3). E se pararmos para pensar, é o líder da geração de Cidade Jardim na pista de grama.
Neste fim de semana, King Three fez segundo para Old Kowboy no GP Presidente Augusto de Souza Queiroz (G3). Um detalhe: mesmo com oferta de 12 parcelas de R$ 6.500,00 ele foi defendido por seu proprietário no último leilão de treinamento da Pro Turfe, tamanha categoria que este potro demonstra nos matinais.
Um fato ainda mais interessante corrobora com este texto. Os quatro animais de criação de Eraldo Palmerini tem pais diferentes. Hassenah é filha de Red Runner, Isola di Fiori é filha de Pioneering, Keep Down é filho do Amigoni e King Three é filho de Salto.
Isso porque não citamos o vencedor da Pegasus Brasil 2018, Just Speaker, filho de Public Speaker e que em cinco saídas venceu quatro, incluido a prova com maior dotação para potros em pista de areia do Brasil.
Claro que estamos sendo rasos na análise, pois temos vários animais de destaque que sairam do Haras Palmerini. Como Heidrun, por exemplo, que venceu a prova de velocidade do Festival do GP Bento Gonçalves 2018. E como ele temos vários para citar, no entanto, pegamos alguns animais “do momento” para exaltar a qualidade exacerbada que apresenta este centro criatório.
Daqui pouco mais de 20 dias teremos três produtos da geração 2017 a venda no Leilão de Potros Paranaenses, que acontece no Jockey Club do Paraná no dia 11 de abril a partir das 12h30.
Um deles é irmão materno de Heidrun, desta vez com nada menos que Impression, pai de Glória de Campeão. Além de duas potrancas que tem uma linha materna que dificilmente “cairão longe do pé” e prometem campanhas tão boas quanto seus “irmãos de criação”.
Enfim, o Haras Palmerini vem fazendo um trabalho espetacular nos últimos anos. E ter um cavalo com este “carimbo” de qualidade está se tornando um objeto de desejo para todos. Parabéns a toda equipe do Haras e principalmente a Eraldo Palmerini, um abnegado do turfe paranaense.