Entre os aliados e integrantes da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que irão acompanhá-lo na noite deste domingo, 28, no debate de presidenciáveis organizado na Band estão a esposa do petista, Rosângela Silva, conhecida como Janja, o candidato a vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB) e o marqueteiro da campanha, Sidônio Palmeira. Os três estarão entre os quatro assessores que cada candidato tem direito a colocar no estúdio onde acontecerá o debate.

Diferentemente de outros anos, não haverá plateia assistindo às discussões, o que limita o número de acompanhantes que os presidenciáveis poderão colocar no local. O primeiro debate na TV entre candidatos ao Palácio do Planalto será promovido neste domingo na Band, em parceria com a TV Cultura, o portal UOL e o jornal Folha de S.Paulo.

A comitiva que acompanha o petista terá ainda a presença do candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, e do advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, que participou do treinamento de Lula para a entrevista no Jornal Nacional e tem repassado com o petista informações sobre os processos que Lula enfrentou na Justiça durante a Lava Jato. O coordenador do grupo Prerrogativas e um aliado de Lula, o advogado Marco Aurélio Carvalho, também estará presente. Uma parte dos convidados deve acompanhar o debate do lado de fora do estúdio, a partir de uma sala montada para o evento.

A previsão é que Lula chegue à Band por volta das 20h, uma hora antes do início do debate. A participação do petista na entrevista do Jornal Nacional foi considerada positiva dentro do núcleo da campanha de Lula, que tem mostrado confiança com a perspectiva do debate com os candidatos a presidente.

Será a primeira vez que Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) irão estar lado a lado em um debate. Até a véspera, havia incerteza sobre a presença dos dois. A campanha de Lula dizia que o ex-presidente só participaria se Bolsonaro confirmasse presença. No sábado, no entanto, Lula decidiu anunciar que participaria do debate, diante da incerteza de Bolsonaro, que seguiu o movimento do petista e confirmou sua presença.

Dentro do QG petista há preocupação com o desempenho de Ciro Gomes (PDT). A avaliação de aliados de Lula é que Ciro, em terceiro lugar na disputa, não tem nada a perder no debate deste domingo e pode adotar postura belicosa. Lula tem ficado estacionado no patamar de 47% das intenções de voto nas pesquisas e tenta, ao mesmo tempo, fazer dois movimentos: segurar eleitores que possam cogitar migrar para voto em Bolsonaro e atrair eleitores de Ciro com o discurso de antecipação da estratégia do voto útil no primeiro turno.