O corpo do jornalista esportivo Grant Wahl já está em solo americano, informou o Departamento de Estado dos Estados Unidos. O americano sofreu um mal súbito durante a partida entre Holanda e Argentina, pelas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, e não resistiu.

“O jornalista americano Grant Wahl voltou para sua família nos EUA. Estamos honrados por tê-lo levado para casa e gratos ao governo do Qatar por sua cooperação e transparência com nosso processo consular”, informou Timmy Davis, embaixador dos EUA, que está no Catar.

Em Nova York, o corpo do jornalista passará por uma autópsia para identificar a causa da morte. Apesar dos médicos do Catar informarem que Grant Wahl sofreu um mal súbito, um dos familiares chegou a afirmar que ele pode ter sido vítima de homicídio por ter feito referências em apoio à comunidade LGBT+ no Catar. Ele chegou a ser barrado da partida entre EUA e País de Gales por conta de uma camisa com o símbolo do arco-íris. O Catar criminaliza relações homossexuais.

“Eu sou gay e sou a razão dele ter usado uma camiseta de arco-íris na Copa do Mundo. Meu irmão estava saudável. Ele me disse que recebeu ameaças de morte. Eu não acredito que meu irmão tenha simplesmente morrido, eu acredito que ele foi morto”, disse o irmão do jornalista, Eric Wahl, em suas redes sociais.

Antes de morrer, Grant Wahl chegou a afirmar que estaria com uma bronquite. O agente do jornalista revelou também que Wahl pareceu sofrer algum tipo de angústia e teria afirmado que precisaria relaxar. No entanto, acabou sofrendo um mal súbito. Houve tentativa de reanimação, sem sucesso.

Grant era muito conhecido nos Estados Unidos e trabalhava para a revista “Sport Illustrated”. Era correspondente também da CBS Sports e da NBC News. Ativista, sempre declarou apoio aos direitos humanos e às minorias.