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Vanessa Louzada/Divulgação

O Centro de Inteligência do Poder Judiciário (CIPJ), vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vem incentivando a criação de Centros de Inteligência locais em Tribunais Estaduais, Federais e do Trabalho em todo o país, para identificar e prevenir as demandas repetitivas. “Essa tem sido uma preocupação constante do Judiciário, uma vez que a litigância predatória prejudica toda a sociedade. Além de aumentar o estoque de processos da empresa, essa prática acaba sobrecarregando o sistema como um todo, fazendo com que as demandas reais dos cidadãos levem mais tempo para serem julgadas”, explica Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, lawtech especializada em inteligência artificial e gestão preditiva.

Ela explica que todo o ecossistema jurídico se torna vulnerável, ineficiente, com riscos de não atendimento à sociedade, além de afetar negativamente a classe da advocacia. “Identificar e gerenciar esse tipo de demanda não é tarefa fácil devido ao grande volume de processos e se torna praticamente impossível sem o auxílio da tecnologia. Nesse sentido, o uso de ferramentas como a Jurimetria e o Legal Analytics se mostra crucial, pois essas plataformas realizam uma análise completa das demandas judiciais, possibilitando mapear os casos em que os advogados ofensores estão envolvidos, mesmo nas fases iniciais”, ressalta.

Em consulta realizada pela Deep Legal, foram localizados mais de 330 mil processos cíveis e 12 mil processos trabalhistas que mencionam o tema. O impacto chega a R$ 2,7 bilhões por ano, sem contar outros custos indiretos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em um estudo realizado em conjunto com o Núcleo de Monitoramento de Perfis de Demandas (Numopede).