
Uma denúncia de som alto, por volta da meia-noite deste sábado (16), levou a Guarda Municipal (GM) de Curitiba a uma balada na Alameda Augusto Stellfeld, no bairro São Francisco, com cerca de duzentas pessoas em plena pandemia de Covid-19.
Com a chegada dos guardas, em seis viaturas, as pessoas que estavam na festa foram dispersadas. Os donos do estabelecimento tentaram esvaziar o local pela porta lateral, na Rua Ermelino de Leão, porém foram flagrados pelos guardas. O proprietário da casa noturna foi notificado e Prefeitura de Curitiba deve tomar as providências cabíveis.
A situação atual em Curitiba é de risco moderado (bandeira laranja), na qual há restrições para aglomeração de pessoas. O decreto nº 50/2021 suspende as atividades em estabelecimentos destinados a eventos sociais e atividades correlatas em espaços fechados, como casas de festas, eventos ou recepções. Suspende também eventos, comemorações, assembleias, confraternizações, encontros corporativos presenciais, que envolvam contato físico e causem aglomerações com grupos de mais de mais de 25 pessoas, em espaços de uso público ou de uso coletivo, localizados em bens públicos ou privados.
Para denúncias, a Guarda Municipal pode ser acionada pelo número 153.
Aglomerações no Largo da Ordem
Mesmo em bandeira Laranja desde o dia 27 de novembro do ano passado para conter o avanço da pandemia, o Largo da Ordem, principal reduto da noite curitibana, continua lotado, com muitos jovens sem máscara em sem respeitar o distanciamento social. Foi o que reportagem do Bem Paraná flagrou na noite deste sábado (16). Moradores da região dizem que a aglomeração tem sido constante mesmo com o ‘toque de recolher’ das 23 às 5 horas. “A diferença é que aglomeração começa mais cedo e termina mais cedo, mas o perigo de contaminação é o mesmo. A maioria sem máscara”, disse uma moradora, que não quis se identificar com medo de represálias.
Outro morador da região diz que apesar de as aglomerações serem diárias, principalmente de quinta a sábado, a fiscalização da polícia militar e da Guarda Municipal só acontece quando os moradores acionam pelo telefone: “Se sabem que isso acontece todos os dias e sabem os horários, porque não fazem um esquema fixo e com reforço de fiscalização?”, questiona. Segundo ele, pouco antes de a reportagem chegar ao local, por volta das 19h30, o movimento estava ainda maior: “Daí a polícia chegou, depois de todo mundo ligar, e deu uma diminuída na frente da Igreja do Rosário”. A reportagem verificou que por volta das 20h30 que havia policiamento no local citado pelo morador. “Parece que as pessoas não perceberam ainda que estamos numa pandemia”, lamenta o morador.