Colaboração

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) garante que agiu com técnica e de maneira imparcial durante a manifestação de sábado (28) à noite no Parolin, que bloqueou a Rua Brigadeiro Franco. Segundo a nota, os policiais só reagiram com balas de borracha, porque foram alvo de agressões dos manifestantes, com pedras e fogos de artifícios, além do que eles estavam danificando o patrimônio público, como viaturas. O protesto reuniu cerca de 80 de familiares e amigos dos quatro jovens mortos em confronto com a Polícia Militar na noite de sexta (27). “São cerca de 10 viaturas e para conter a protesto, eles começaram a disparar balas de borracha”, disse uma moradora, que não quis se identificar. Vídeos nas redes sociais confirmaram a situação. Foram pelo menos cinco pessoas feridas com balas de borracha. Os familiares e amigos dos quatro jovens protestavam contra o que chamam de ação truculenta da polícia no Hauer e exigem uma investigação minunciosa.

“Buscou-se alternativas para garantir o direito de manifestação, o direito de ir e vir dos moradores da região e de pessoas que passavam pela Rua Brigadeiro Franco. A primeira ação da PM foi montar perímetros no entorno do bairro e o trânsito foi desviado para que não houvesse qualquer tipo de animosidade, contudo, apesar de todo o esforço para tentar distensionar a crise, alguns manifestantes, segundo informações, passaram a agredir policiais militares com pedradas e fogos de artifício”, diz a nota. “Os policiais militares foram alvo de agressões, além do patrimônio público ser danificado (viaturas e locais comuns ao público), obrigando a Polícia Militar (que até então estava tentando mediar o conflito de forma pacífica), a fazer o emprego de técnicas e de materiais não letais para conter a manifestação que havia perdido a legitimidade e, com isso, reestabelecer a ordem pública. Com apoio de viaturas de outros Batalhões da Capital, foi feita a dispersão do público, encerrando a situação por volta de 1 hora de domingo (29)”. 

Dos quatro mortos no Hauer na sexta, três eram menores de idade, 16, 17 e 15 anos. E o velório dos três acontecia nas proximidades do protesto. Os três foram enterrados na manhã deste domingo (29) no Cemitério do Boqueirão.

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