Colaboração/Arquivo Pessoal

Um ninho nas proximidades pode ser a causa da visita inesperada de urubus a moradores do condomínio Chácara Juvevê, na Rua Manoel Eufrásio, no Ahú em Curitiba, segundo as informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema). Uma moradora de um dos cinco prédios do condomínio chegou a fotografar a visita, ocorrida há três dias, a um dos apartamentos. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

“Sempre teve urubu aqui na cobertura do Chácara Juvevê”, conta a moradora Brenda Pizzolla Voichcoski. “Eu vejo da janela direto já há muitos anos. Mas eles nunca fizeram isso de passear nas janelas baixas” contou. Ela relata que primeiro viu o animal no telhado da frente do edifício e no outro dia, ele estava na piscina e depois já no parapeito da janela do apartamento dela. “E por fim acabou entrando na casa da vizinha do primeiro andar”, disse.

A orientação do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da prefeitura de Curitiba é para que sempre que possível a população anote o lugar e o momento em que o animal foi visto e informe aos profissionais da área na sua região, para que possam manter o monitoramento se julgarem relevante. 

O Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna possui em seu corpo técnico profissionais habilitados que poderão ser consultados. Se houver dúvidas, a população pode ligar para os telefones 3350-9937 e 3313- 5480. 

De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, o ideal é respeitar os animais, seus limites de aproximação e de interação. “A interferência humana deve acontecer apenas se for necessária para manter a convivência pacífica e harmoniosa com estes animais”, explicou Evaristo.

Não há necessidade de alimentá-los e nem mesmo captura-los e removê-los do seu habitat, o que pode causar prejuízos para a qualidade de vida destes animais. Grande parte das crias depende intensamente de cuidados dos genitores, principalmente quando se trata de alimentação. Isso acontece especialmente no caso das aves, que quando retiradas de perto dos pais, têm as chances de sobrevivência diminuídas.

Os animais silvestres são moradores antigos/históricos da cidade e da região. Muitos deles são nativos e protegidos por Legislação Federal (9.605/98).

 

Quando e como agir?

Se não houver perigo iminente, como a presença de possíveis predadores, ou se o animal estiver em boas condições de saúde, não é necessário interferir. Do contrário, ele pode ser levado a um local seguro, próximo de onde foi encontrado para que mantenha o vínculo com os pais, desde que sejam tomados alguns cuidados.

O diretor ressalta que se deve levar em consideração a imprevisibilidade do manejo de animais silvestres, em relação a riscos e possíveis acidentes. No caso de animais jovens também vale a orientação, pois em resposta de proteção ao filhote, os pais (que deverão estar por perto) podem investir contra as pessoas.