O jornalista, escritor e acadêmico Carlos Heitor Cony, de 87 anos, recebeu alta às 16h do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, onde estava internado desde o dia 14 deste mês. Ele foi internado com um quadro de crises convulsivas secundárias, devido a um pequeno hematoma cerebral resultante de um leve traumatismo craniano.

Cony é o quinto ocupante da Cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 23 de março de 2000, na sucessão de Herberto Sales.

O jornalista iniciou sua carreira em 1952 como redator da Rádio Jornal do Brasil. De 1958 a 1960, colaborou noSuplemento Dominical do Jornal do Brasil com contos, ensaios, traduções. Em 1961,  trabalhou no Correio da Manhã, onde foi redator, cronista, editorialista e editor. Com o golpe de 1964 foi preso várias vezes e passou um período na Europa e em Cuba. Numa das prisões, em 1965, teve como companheiros, entre outros, Flávio Rangel, Glauber Rocha, Antonio Callado, Mário Carneiro, Jayme Azevedo Rodrigues, Márcio Moreira Alves, Thiago de Mello e Joaquim Pedro de Andrade.

Cony colaborou por mais de 30 anos na revista Manchete e dirigiu Fatos & Fotos, Desfile Ele Ela. De 1985 a 1990, foi diretor de Teledramaturgia da Rede Manchete, produzindo e escrevendo sinopses das novelas A Marquesa de Santos, Dona Beija e Kananga do Japão. Em 1993 substitui a Otto Lara Resende na crônica diária do jornal Folha de S.Paulo, do qual é membro do conselho editorial. É comentarista diário da CBN, participando do Grande Jornal com o programa Liberdade de Expressão.