No final de janeiro ou no mais tardar até o início de fevereiro, o PSDB nativo pretende confirmar a candidatura do prefeito Beto Richa ao governo. Os estrategistas tucanos apostam que, a partir da oficialização da candidatura, Richa descola do senador Osmar Dias (PDT) e abre vantagem nas pesquisas. Mesmo assim, Richa permanecerá no comando do município até o dia 3 de abril – data limite para desincompatibilização.


Fim de feira
Depois de oito anos no poder, o PMDB de Requião caminha para um cenário de “fim de feira”, com grande probabilidade de cumprir nas eleições de 2010 o papel de mero coadjuvante. O desempenho do pré-candidato peemedebista, o vice-governador Orlando Pessuti, não passa dos 4% a 6% na rodada de pesquisas divulgadas nos últimos dias do ano. O mesmo acontece com o PT do Paraná, que abraçou-se ao governo Requião em troca de um punhado de cargos, e cujos pré-candidatos não saem de 1%. 


Salve-se quem puder
Não por acaso, os caciques peemedebistas já se preparam para abandonar o barco requianista, e rondam a cerca do PSDB de Beto Richa sem qualquer cerimônia. No PT, os poucos que ainda tentavam manter as aparências, também já descartam o apoio a Pessuti, percebendo que a única saída para o partido é fechar a aliança em torno de Osmar Dias (PDT).


Jogo de cena
Requião, por sua vez, continua fazendo jogo de cena, e atirando para todos os lados, na esperança de dividir os adversários e confundir potenciais aliados. Publicamente, garante apoio às pretensões do vice, mas não mexe uma palha para ajudar Pessuti. Do outro lado, estimula as conversas com o PSDB de Richa, na esperança de tirar o deputado federal tucano Gustavo Fruet da disputa pelo Senado.
Se vira…
O comportamento do governador, aliás, não é nenhuma novidade. O exemplo mais recente de como Requião trata seus aliados aconteceu na eleição municipal de 2008. Depois de impor ao partido o inexpressivo Carlos Moreira Jr como candidato a prefeito, abandonou o mesmo à própria sorte na campanha. O resultado foi que Moreira passou um vexame e virou motivo de piada dentro do próprio partido.


Crescimento
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, previu ontem, em passagem por Curitiba, que a ministra Dilma Roussef deve chegar aos 30% de intenção de voto nas pesquisas para a sucessão do presidente Lula até abril. Segundo ele, o crescimento de Dilma pode fazer com que o governador José Serra (PSDB) – hoje liderando as pesquisas com folga, reveja sua candidatura. Para Bernardo, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pode voltar à disputa caso Serra desista para se candidatar à reeleição para o governo de São Paulo.


Cenário
Em relação ao Paraná, o petista considera que a disputa está tecnicamente empatada entre Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT). E que o cenário deve continuar assim até abril, quando Richa terá que decidir se renuncia à prefeitura para disputar o governo. “Estamos conversando com os partidos políticos no sentido de mostrar nossa disposição sem enganar ninguém: queremos alianças que tragam apoio à candidatura da Dilma e uma vaga na disputa para o Senado”, falou Bernardo, referindo-se às conversas com o PDT de Osmar Dias e o PMDB de Orlando Pessutti.


Natal em Marajó
O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) passou o Natal no Litoral. O pré-candidato ao governo é figura carimbada no balneário Marajó. Dizem até que Pessutão já perdeu uns quilinhos neste final de ano só de andar pelas areias cumprimentando o eleitorado.


Raspa do tacho
O deputado federal André Vargas (PT) decidiu passar o final de ano no Distrito Federal. O petista está tentando captar recursos para ajudar os municípios paranaenses atingidos por chuvas e vendavais. “Estou atrás da raspa do tacho. Ainda tem algum dinheiro disponível aqui em Brasília”.



Fechada
Deputado, que prefere não se identificar por motivos óbvios, entrou em contato para relatar suas tentativas frustradas de trabalhar no período de recesso. O parlamentar foi impedido de entrar ontem  na Assembleia pelos seguranças, que informaram que a Casa está fechada. Na semana passada, o mesmo parlamentar até conseguiu adentrar o Legislativo, mas foi surpreendido quando se deu conta de que não havia luz, internet e os telefones também estavam desligados. O apagão é proposital para evitar que alguém insista em trabalhar durante o recesso.



Férias
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, entrou em férias ontem, dando início à temporada de recesso dos titulares do primeiro escalão do governo federal. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, Mantega só deve retornar ao trabalho no dia 16 de janeiro. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também vai tirar período de descanso entre os dias 4 e 12 de janeiro. Também no dia 4, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, entrará em férias, com volta programada para o dia 20 de janeiro.


Parabólica
A polícia já realizou quase 100 prisões em todos os municípios do Litoral desde o começo da Operação Viva o Verão 2009/2010 no dia 19 de dezembro. A principal incidência foi o tráfico de drogas com 21 presos seguido de embriaguez ao volante com 19.


Prefeitura do Rio do Rio de Janeiro instalou hoje uma câmera digital para monitorar 24h por dia e proteger de vandalismo a estátua do escritor Carlos Drummond de Andrade, que fica em um banco da Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, zona sul da cidade.  Pela sexta vez a estátua ganhou novo par de óculos. Foi feito ainda o reparo no ombro da estátua, além de aplicação de pátina para cobrir os reparos e dar uniformidade à cor original do monumento.


 


 



EM alta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontemo decreto de reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai). Entre as medidas que buscam dar agilidade e eficiência ao órgão está a criação de 3,1 mil cargos a serem preenchidos até 2012.



Em baixa
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que os restos a pagar do orçamento de 2009 “deverão passar de R$ 60 bilhões”. O ministro, porém, ressaltou que esse não é um número fechado, apenas uma estimativa. Ele falou após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Junta Orçamentária.