O vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, pelo acordo de delação premiada acertado depois de ter sido detido em novembro de 2014, revelou ao Ministério Público Federal que a empresa pagou R$ 110 milhões em propinas para abastecer o esquema de corrupção desvendado na Operação Lava Jato, entre 2007 e 2012. Todo o dinheiro, segundo ele, foi desviado de obras da Petrobras.

Desse montante, R$ 63 milhões foram destinados para a área de serviços da estatal, comandada à época por Renato Duque e Pedro Barusco. Na Diretoria de Abastecimento, que era comandada por Paulo Roberto Costa, foram pagos outros R$ 47 milhões.

O vice-presidente da Camargo Corrêa informou que o presidente da companhia, Dalton Avincini, que foi detido com ele e agora também responde em liberdade, tinha conhecimento de todo o processo. Leite ressaltou que os pagamentos eram necessários para o recebimento de valores contratados com a estatal.