DIEGO IWATA LIMA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Autor do gol mais bonito da ainda curta história do novo estádio do Palmeiras, na vitória sobre o São Paulo, por 3 a 0, o meia Robinho reconhece que entrou para a história:
“Ah, acho que até menos pelo gol do que pelo fato de ter sido sobre o Rogério Ceni, que é um mito. O torcedor gosta de enfatizar isso, né?”, disse o jogador, um dia após o feito.
“Se fosse no Morumbi, talvez o Rogério tivesse acertado o chute, e talvez eu não tivesse arriscado de tão longe”, diz.
“Eu dominei a bola no peito, porque confio muito no meu domínio assim. Evito dominar a bola de cabeça, podem reparar”, disse. “Tive muita sorte. E pode ter certeza que a energia positiva dos palmeirenses ajudou muito”, disse.
Robinho foi muito realista ao analisar o mérito alviverde no jogo.
“Ontem eu já comentei que o jogo não foi tudo isso, porque o São Paulo estava com um a menos. Quando o Muricy mexeu, teve de tirar o Pato, que é o melhor jogador deles, na minha opinião”, disse. “É diferente jogar 11 contra 11. Se fosse 11 contra 11 até o fim, não seria tão fácil, não”, acredita.
Ao mesmo tempo, porém, o jogador não desmerece a vitória palmeirense e a evolução do time.
“A gente começou a evoluir em um momento bom. É difícil, mas a gente está no caminho certo”, afirma Robinho.
PLACA
Robinho falou com bom humor sobre a possibilidade de o estádio ter uma placa homenageando o seu gol.
“Se o presidente se empolgar, eu não vou achar ruim, não. Vamos ver”, desconversou.
Ainda não existe plano oficial no Palmeiras de que a placa seja feita.
O jogador também comentou a reação da família e dos colegas ao lance.
“Meu filho me fez assistir ao gol umas 50 vezes. Cada hora ele queria ver com um narrador diferente”, contou, entre risos. “No vestiário, o Leandro [Pereira] comentou que não acreditava que eu tinha tentado chutar do meio-campo.”