Um grupo de deputados do PMDB vem se reunindo semanalmente e discutindo a criação de um bloco de oposição para o governador e Beto Richa (PSDB). Segundo o deputado Artãgo Júnior (PMDB), não existe uma composição fixa de deputados. Existem vários parlamentares que estão se juntando a nós por estarem se identificando com as nossas ideia. Vários concordam com um esquema rotativo de liderança. O partido tem o mesmo líder há quatro anos, disse, se referindo ao deputado Antonio Anibelli (PMDB).
Além do rodízio, o grupo de deputados quer o fortalecimento do PMDB , das atividades parlamentares e defende que o partido se una em torno de uma posição única para os próximos quatros anos. Artagão cita a indefinição da composição da mesa da Assembleia como um dos fatores para a dispersão entre os deputados do PMDB. Só não houve definição da bancada por causa da indefinição da 1ª secretaria. Segundo ele, se não houver interesse por parte do deputado Valdir Rossoni (PSDB) de oferecer a cadeira para o partido, o PMDB estuda o lançamento de uma chapa de oposição.
Rossoni afirma que conversas entre os partidos estão sendo feitas e lembrou que a 1ª secretaria também é almejada pelo Democratas, mais especificamente, pelo deputado Plauto Miró (DEM). Estamos conversando com os dois partidos ainda. Vejo com naturalidade uma possível chapa de oposição, faz parte da democracia, disse. Essa probabilidade de oposição é vista como posição fixa que o PMDB deveria ter na visão do deputado Nereu Moura (PMDB). Algumas coisas devem ser discutidos, mas eu e mais pelo menos cinco deputados defendemos que o partido deve ser oposição. Defendo que o PMDB passe a tomar decisões conjuntas e não individuais como é hoje, disse.  O deputado propõe também que as decisões do partido sejam obedecidas por todos.  Todos os deputados são do diretório estadual e deveriam seguir as regras, mas praticamente todos estão conversando com o futuro governo e governador, disse. (CA)