O que antes era coisa de filme de terror e ficção científica agora está prestes a se tornar realidade. É que o cirurgião italiano Sergio Canavero promete que conseguirá fazer até o ano que vem o transplante de sua cabeça para outro corpo, uma proposta que irritou a comunidade médica mudial.

Para ser bem sucedido em sua empreitada, Canavero conta com a ajuda de outros especialistas, como o cirurgião ortopedista Ren Xiaoping, da Universidade de Medicina de Harbin, na China, que está montando uma equipe e já teria até iniciado as pesquisas para realizar o procedimento.

Conhecido internacionalmente por ter participado do primeiro transplante de mão dos Estados Unidos, em 1999, o médico chinês garantiu que fará a cirurgia para transferir a cabeça de uma pessoa viva para o corpo de um doador morto assim que “estiver pronto”. Além disso, assegurou que já conta com dezenas de voluntários para o transplante.

O primeira da fila é o russo Valery Spiridonov, de 31 anos e que sofre da síndrome de Werdnig-Hoffman, um tipo de atrofia muscular espinhal que o mpede de movimentar os membros.

O procedimento, pelo que relataram os dois médicos deve acontecer com a cabeça e o corpo do doador sendo resfriados para que as células permaneçam vivas mesmo sem oxigênio. Os tecidos ao redor do pescoço de ambos seriam dissecados para que artérias e veias fossem interligadas por tubos e ligadas a uma máquina que manteria o fluxo de sangue.

Quando as medulas estiverem cortadas, os médicos então colocariam a cabeça do paciente no corpo do doados, utilizndo uma substância chamada polietilenoglicol. Para evitar que o paciente se movesse até a correra ligação das partes, ele seria mantido em coma durante semanas, enqanto eetrodos estimulariam a medula espinhal para reforçar novas ligações nervosas.

O procedimento custará em torno de US$ 10 milhões e deve levar 36 horas, necessitando do apoio de uma equipe médica com mais de 150 pessoas. Canavero ainda aponta que o paciente, tão logo saísse do coma, seria capaz de falar e mover o rosto. Para mover o corpo, contudo, seria necessário um ano de fisioterapia.