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Hoje, dia 22 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Abraço, uma data que reforça a importância do abraço como uma forma de expressar afeto, carinho e apoio. No entanto, o simples ato de abraçar outra pessoa não é apenas um gesto de conforto, mas também uma necessidade de uma sociedade onde os seres humanos ficam cada vez mais afastados.

De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Society For Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, há uma necessidade genética de interação social que aumentou com o uso de redes sociais.

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Estamos vivendo um período de solidão que vai se intensificar devido à cultura das redes sociais. Logo, essa necessidade genética de interação social que todos os seres humanos têm, se torna uma pendência, aumentando a ansiedade“.

O abraço também tem relação com esta interação e pode ser um bom remédio contra ansiedade e estresse já que tende a baixar os níveis de cortisol e aumentar a ocitocina“, explica.

O abraço é um vestígio evolutivo de proteção

O ato de abraçar não é contemporâneo, ele existe há vários anos e em várias culturas, o que mostra que ele vem, na verdade, de uma evolução humana importante, explica Dr. Fabiano, autor do estudo “Abraço: Vestígio evolutivo de proteção e conexão humana“, publicado no CPAH – Centro de Pesquisas e Análise Heráclito.

O abraço, além de uma expressão de afeto, funcionou inicialmente como um mecanismo de proteção contra o frio, fundamental para a sobrevivência humana, o que mostra raízes de proteção e conexão que se estendem até hoje com o ato“.

O contato físico do abraço reduz o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, e aumenta a ocitocina, hormônio relacionado à alegria e bem-estar, gerando conforto e segurança. Psicologicamente, o abraço fortalece laços sociais, reduz a solidão e estimula sentimentos de pertencimento, essencial para a formação de comunidades“, explica.

Em uma era onde muitas interações sociais se reduzem ao uso de emojis e palavras escritas à distância, cada vez mais o contato físico é importante para criar laços sociais e cuidar da nossa saúde mental“, ressalta Dr. Fabiano de Abreu.