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Imagem ilustrativa (Freepik)

A influencer e apresentadora da Globo, Patrícia Ramos, compartilhou no seu Instagram um pouco sobre como o diagnóstico de endometriose, em 2020, contribuiu para uma grande mudança no seu estilo de vida. Patrícia contou que após o diagnóstico passou a treinar diariamente e ganhou 25kg de massa magra.

“Minha médica foi bem realista e falou: ‘Pat, agora a sua vida mudou. A doença vai te fazer entender que a prática de exercícios físicos vai te ajudar a tratá-la, vai ser bom para a sua saúde em vários aspectos e também para a sua autoestima. Você só precisa conciliar a prática de exercícios físicos e uma boa alimentação para a gente ter sucesso no tratamento da doença'”, contou.

O que é endometriose?

A endometriose é uma doença comum que afeta muitas mulheres globalmente. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aproximadamente 10% das mulheres no Brasil enfrentam essa condição.

Ela é uma doença crônica que é caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio, o revestimento do útero, fora do órgão. Esses crescimentos podem ocorrer na membrana que reveste o abdômen por dentro (o peritônio), nos ovários, nas tubas uterinas e em outros órgãos pélvicos, o que causa sintomas como dor intensa no período menstrual, dores durante as relações sexuais, desconforto pélvico crônico, sangramento irregular e infertilidade.

Exercícios físicos ajudam a reduzir dores de endometriose?

De acordo com o médico especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva, os exercícios físicos podem contribuir para melhorar a percepção da dor, mas não devem ser vistos como um substituto para os tratamentos tradicionais.

Os exercícios físicos podem ajudar a reduzir as dores da endometriose ao contribuírem para a liberação de neurotransmissores do bem-estar, que diminuem a percepção da dor e melhoram a qualidade de vida da paciente, isso para aquelas que conseguem fazê-los. A endometriose pode causar dores incapacitantes e impedir a realização de exercícios em alguns casos mais severos“.

Mas eles sempre devem ser considerados como uma abordagem complementar aos tratamentos tradicionais, não como uma substituição. Por isso, é fundamental o diagnóstico e o tratamento precoce realizados por um médico focado no tratamento da doença para que os resultados sejam mais eficazes e tragam uma melhor qualidade de vida para essas pacientes“, alerta Dr. Alexandre Silva e Silva.