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Imagem ilustrativa (Pixabay)

O período gestacional é um momento da vida da mulher, principalmente para as mães de primeira viagem, que mais exige equilíbrio emocional. São muitas emoções, medos, dúvidas e inseguranças associadas a alegria e expectativa do gestar.

Fato é que, a saúde mental materna tem sido uma temática muito importante e também muito discutida em pesquisas de estudos científicos nos últimos anos, devido à elevada prevalência de depressão, estresse e ansiedade entre outros transtornos em mulheres em idade fértil e suas consequências prejudiciais na relação mãe – bebê.

O que se observa é que essas alterações sejam hormonais, físicas, psicológicas vão impactar muito na autoestima, no relacionamento e na própria libido dessa gestante. Mas como identificar essas fragilidades? Quais os sinais e como tratar para que não afete a criança?

Tanto as causas ou sintomas da depressão gestacional, vão variar de mulher para mulher, afinal cada uma irá reagir às situações de uma forma particular. No entanto, as principais causas são: Falta de suporte emocional, familiar e social; Eventos de vida negativos durante a gravidez ou próximos ao parto; Problemas pessoais, emocionais da mãe com relação à maternidade; Dificuldades pessoais, emocionais, financeiras, médicas da mulher ou do casal; Gravidez não planejada ou não desejada; Dificuldades conjugais; Depressões anteriores; Outras doenças psiquiátricas durante a gravidez; Existência de Depressão em pessoas da família; Problemas da Tireoide ou alterações hormonais.

Os sinais e sintomas do problema são diversos, como: desconexão com o bebê e as pessoas ao redor; sono perturbado; pensamento confuso e desorganizado; vontade extrema de prejudicar e fazer mal ao bebê, enquanto está na barriga; transtorno de humor; irritabilidade, tensão e inadequação; perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas; falta de energia; ansiedade constante; culpa; melancolia intensa e desmedida; desmotivação profunda da vida; distanciamento de familiares e amigos antes próximos; mudanças nos hábitos alimentares (comer muito ou pouco); dificuldades de concentração; choro constante e humor instável; pensamentos negativos, delirantes e irreais e ideação suicida.

O tratamento é muito importante e dependendo da intensidade deve-se além de fazer terapia, procurar um psiquiatra perinatal, profissional capaz de realizar o diagnóstico correto, avaliando a gravidade do caso e seus riscos, além de traçar um plano terapêutico junto com a paciente envolvendo ou não a introdução de medicamento que não afete o bebê.

Pode-se recorrer a consultas psicológicas online, auxílio nutricional e prática de exercícios físicos remotamente, o que também contribui para uma evolução positiva do quadro. É importante, ainda, que a mãe possa ter, na medida do possível, momentos de individualidade e introspecção, usando esse tempo para dormir e descansar ou dar uma volta, ler um livro, meditar, fazer yoga ou técnicas de relaxamento. O objetivo é investir em atividades que lhe proporcionem prazer!

Enfim, infelizmente a depressão gestacional é real e está cada vez mais sendo identificada entre as gestantes. É necessário expressar e não ter medo de falar o que está sentindo. Verbalizar para encontrar ajuda dentro da rede de apoio, pois se não tratada, a depressão ou ansiedade gestacional, pode se tornar um distúrbio depressivo crônico.