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A vacinação antitetânica é crucial para prevenir o tétano neonatal e garantir a saúde do recém-nascido. (Foto: Freepik)

O tétano neonatal é uma doença infecciosa grave, não contagiosa, que afeta recém-nascidos nos primeiros 28 dias de vida. Os sintomas iniciais incluem dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Causada pela bactéria Clostridium tetani, a doença pode ser prevenida por meio da vacinação adequada das gestantes. A imunidade dos bebês é conferida pelas mães vacinadas nos últimos cinco anos. Veja os fatores de risco, sintomas, diagnóstico e medidas de prevenção e tratamento do tétano neonatal.


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Fatores de risco para o tétano neonatal

  1. Baixas coberturas de vacinação antitetânica
    • A cobertura inadequada de vacinação entre mulheres em idade fértil aumenta a vulnerabilidade ao tétano neonatal.
  2. Partos domiciliares assistidos por parteiras não qualificadas
    • Partos realizados por parteiras tradicionais ou pessoas sem capacitação adequada e uso de instrumentos não esterilizados são um risco significativo.
  3. Pré-natal inadequado
    • A falta de acompanhamento pré-natal de qualidade, especialmente em áreas de difícil acesso, contribui para a ocorrência da doença.
  4. Alta hospitalar precoce
    • A alta precoce e o acompanhamento insuficiente do recém-nascido e da puérpera aumentam os riscos.
  5. Hábitos culturais e higiene inadequada
    • Práticas culturais que envolvem cuidados inadequados com o coto umbilical e a higiene do recém-nascido são fatores de risco importantes.
  6. Níveis socioeconômicos e educacionais baixos
    • Mães com baixo nível socioeconômico e educacional têm maior probabilidade de enfrentar complicações associadas ao tétano neonatal.

Sintomas do tétano neonatal

  1. Choro excessivo
    • O recém-nascido pode apresentar choro constante e irritabilidade.
  2. Dificuldade para mamar
    • A dificuldade de sucção é um sintoma inicial crítico.
  3. Irritabilidade e febre
    • Embora a febre geralmente seja baixa, a irritabilidade é um sintoma comum.
  4. Contraturas musculares
    • Contraturas musculares espontâneas ou ao manuseio são indicativos da doença.

Diagnóstico do tétano neonatal

  • O diagnóstico é essencialmente clínico, sem exames laboratoriais específicos.
  • Diagnósticos diferenciais incluem septicemia, encefalopatias e distúrbios metabólicos.

Tratamento do tétano neonatal

  1. Sedação do paciente
    • Sedativos e miorrelaxantes são utilizados antes de procedimentos médicos.
  2. Medidas gerais
    • Incluem manutenção das vias aéreas, hidratação e alimentação por sonda.
  3. Administração de IGHAT ou SAT
    • Imunoglobulina humana antitetânica ou soro antitetânico são utilizados no tratamento.
  4. Antibioticoterapia
    • Penicilina G cristalina ou metronidazol são os antibióticos de escolha.

Prevenção do tétano neonatal

  1. Vacinação antitetânica
    • A vacinação adequada das gestantes é a medida mais eficaz.
  2. Parto limpo e asséptico
    • O uso de instrumentos estéreis no parto e cuidados higiênicos com o coto umbilical são fundamentais.
  3. Acompanhamento pré-natal
    • Um pré-natal de qualidade previne complicações e garante a saúde do recém-nascido.