Polícia Civil

Policiais civis de todo o país cumpriram, na sexta-feira (24), mandados de prisão contra autores de homicídios e feminicídios (tentados e consumados). No Paraná, cerca dos 100 mandados judiciais expedidos, 51 foram cumpridos até ontem, em diversas cidades, Curitiba, Região Metropolitana, Maringá, Londrina, São Mateus do Sul, Umuarama, Paranavaí, Jacarezinho, Campo Mourão, Telêmaco Borba, Paranaguá, Ponta Grossa, Arapongas, Toledo e Francisco Beltrão. Segundo a polícia, 38 pessoas haviam sido presas no Estadoe quatro armas de fogo apreendidas, além de pequenas porções de drogas (maconha e cocaína). Segundo a polícia, quatro deles foram de feminicidio e 23 de Maria da Penha. 

 

A Operação Cronos é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis (CONCPC) e foi definida após reunião com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em julho. 

Mais de 7.800 policiais civis de todo o Brasil participaram das ações, que visam a combater os crimes de homicídio e feminicídio, tentados e consumados.  Durante as ações, 2.627 pessoas foram presas e 341 adolescentes foram apreendidos.

Dentre os presos, foram contabilizados:

– 42 presos pela prática de feminicídio

– 404 por homicídio

– 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha

– 640 indivíduos foram autuados em flagrante delito pelos delitos posse/porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas entre outros.

– outras 1.252 pessoas foram presas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.

Ao todo, 2.968 pessoas presas/apreendidas na Operação Cronos das Polícias Civis, com apoio do Ministério da Segurança Pública.

Ainda, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack.

A operação Cronos foi definida no mês de julho, após reunião do Ministro da Segurança Pública Raul Jungmann com o presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil (CONCPC), Delegado Emerson Wendt.

Segundo o Ministro Raul Jungmann, a operação integrada é um exemplo de como funcionará o Sistema Único de Segurança Pública, em vigor desde junho, após a sanção da Lei nº 13.675/2018. “O que nos importa é a proteção e a garantia da vida, sobretudo combater o feminicídio, esse crime covarde e inaceitável. Todos são, mas alguns são mais graves e repulsivos, sobretudo contra mulheres”, afirmou Jungmann. 

Para o Chefe de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul e Presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, Delegado Emerson Wendt, esse é o trabalho prioritário das polícias civis que têm procurado, nessa parte operacional, mostrar para a sociedade brasileira o quanto é importante a investigação criminal e o quanto ela pode ser efetiva no combate à criminalidade.

O nome da Operação está relacionado com a supressão do "tempo de vida da vítima", reduzido pela mão algoz do autor do homicídio/feminicidio. É a retirada da possibilidade de transcurso natural da vida das pessoas, ceifadas de seu tempo e da sua vida. Ao mesmo tempo, com a prisão do autor do crime, retiramos dele o "tempo" de prática de novos delitos.

Operação Cronos – A escolha do nome Cronos vem da referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime. Ao mesmo tempo, com a prisão dos autores de homicídio e feminicídio, espera-se o impedimento da prática de novos crimes.