PT-PR

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), leu na noite desta segunda-feira (16) em um ato no acampamento montado no bairro Santa Cândida, em Curitiba, uma carta enviada a ela pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal do Paraná desde o dia 7 de abril. A carta, segundo Gleisi, foi repassada por meio dos advogados de Lula. A assessoria do PT informou que ambos têm trocado correspondências nos últimos dias. 

Na carta, Lula faz críticas ao juiz federal Sergio Moro, que determinou sua prisão no início do mês, e à Polícia Federal e Ministério Público Federal na Operação Lava Jato. O ex-presidente se diz indignado.  

Gleisi disse que a carta foi ditada por Lula. "Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade. Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido. Continuo desafiando a Polícia Federal da Lava Jato, o Ministério Público da Lava Jato, o Moro e a segunda instância a provarem o crime que alegam que eu cometi. Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado. Grande abraço e muito obrigado. Luiz Inácio Lula da Silva", diz a íntegra da mensagem. 

Desde que Lula foi preso por determinação do juiz Sérgio Moro, entre 500 e mil manifestantes mantêm vigília no entorno do prédio da PF. 

Em petição encaminhada nesta segunda-feira (16) à juíza titular da 12a. Vara Federal de Curitiba, Carolina Lebbos, que cuida da custódia de Lula, a defesa do ex-presidente solicitou que ele possa receber visita de Gleisi, conforme requerido por ela em 11 de abril. A defesa também peticionou pelo estabelecimento de comunicação periódica entre ambos por meio de visitas.