Divulgação – No Brasil

Considerada a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, o tráfico de animais silvestres gera graves consequências políticas, sanitárias e de desequilíbrio ambiental, afirma a pesquisadora do Unicuritiba Marina Pranke Cioato, no artigo“O Tráfico de Animais Silvestres sob a Ótica da Criminologia Verde”, vencedor do 1º Prêmio Juiz Edmundo Cruz de Bioética Edição 2020 na categoria estudante de pós-graduação (especialização).
Em seu artigo, a pesquisadora analisa a problemática desde a sua origem sob uma perspectiva multidisciplinar, considerando questões sociais, econômicas e políticas e reconhecendo que todo o animal traficado sofre maus-tratos.
“Acredito que nunca houve um momento tão oportuno para que a sociedade discuta o tema do tráfico de animais e repense sua relação com o meio ambiente. Vivemos um período ainda bastante crítico de uma pandemia que teve origem no comércio ilegal do pangolim – maior vítima do tráfico na África e na Ásia. Além disso, o Relatório Mundo sobre Crimes da Vida Selvagem, lançado em 2020, aponta que as doenças zoonóticas representam 75% de todas as doenças infecciosas emergentes”, alerta.
Sobre a premiação, Marina entende que a iniciativa ajudará a dar escala à temática do tráfico de animais e permitirá que mais pessoas se atentem ao assunto. “Precisamos lidar com a falta de informação e falta de consciência de parcela da população para problemas que envolvem o meio ambiente e o Direito Animal. Acredito que somente por meio da pesquisa, neste caso específico sobre Direito Animal, e da divulgação de informações conseguiremos criar uma sociedade que assuma uma postura responsável”, diz.
No Brasil, cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados ilegalmente de seus habitats naturais todos os anos, segundo levantamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em conjunto com organizações não governamentais (ONGs).