Fui apresentado aos conceitos de honestidade desde sempre pelos meus pais. Desde se manifestar quando algo não foi cobrado na sua conta ou o troco foi errado a mais, até em jogar limpo em relação aos meus sentimentos sobre pessoas, coisas ou situações. Desde sempre, portanto, tendo conduzir minha vida assim, de maneira honesta, franca e sincera.

Nunca pensei em ser colunista. Busquei no jornalismo a chance de fazer a diferença para o mundo, dar a minha contribuição para a sociedade levando informações e opiniões que julguei serem as mais corretas possíveis. Se não foram teses definitivas e inquestionáveis, ao menos espero ter contribuído para que as pessoas pudessem formar seus próprios conceitos, construírem suas próprias opiniões.

Para conseguir executar bem essa missão busquei sempre me informar, pesquisar e estudar sobre os assuntos com os quais trabalharia, seja o futebol, seja qualquer outro tema que eu tenha abordado em qualquer texto que escrevi desde o meu ensino médio.

Ao deixar o jornalismo diário, em fevereiro do ano passado, encontrei neste espaço o companheiro ideal para me manter atualizado e exercitado jornalisticamente falando. Escrevi textos que adorei, outros que tiveram boa repercussão, que estiveram entre os mais lidos do site, assim como alguns de pouco impacto, quase dispensáveis. Mas entendi que esses altos e baixos faziam parte do ofício.

Cada dia mais longe do dia a dia do futebol, especialmente pela minha própria falta de interesse, dediquei-me a um ofício novo e totalmente fora desse universo. No início mantive-me atento às notícias, busquei informações com antigas fontes e consegui produzir um conteúdo bacana, que manteve a Coluna do Simprão sempre bem lida.

Mas aos poucos o meu próprio interesse pelo futebol e os esportes como ofício diminuiu demais. Hoje não mais vivo do futebol e do jornalismo e não acho que os leitores mereçam esse desrespeito. Por não conseguir entregar o que o leitor merece, ou seja informações e opiniões bem fundamentadas, decidi por encerrar minha participação como colunista do Bem Paraná.

É indispensável agradecer o espaço sensacional e toda a liberdade que tive para escrever nesse espaço. Ao Silvio Rauth Filho e ao Lycio Vellozo Ribas, meu agradecimento especial. Além de amigos, foram incentivadores. O Silvio, especialmente, foi meu editor, meu parceiro de ideias, o cara que me orientou e me ajudou a escrever melhor a cada semana. Obrigado pelo respeito e carinho.

Aos amigos leitores deixo um até breve, pois sempre amei o que fiz no jornalismo, especialmente o esportivo. Jamais deixarei de ser jornalista ou comunicador, mas a pausa neste momento se faz necessária. Em respeito a todos vocês, tendo a honestidade que me acompanha desde sempre como protetora, agradeço de coração.

Eduardo Luiz Klisiewicz é curitibano, jornalista, radialista e empresário.