Se tivesse cabelos, o líder do governo Requião, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), os teria arrancado na sessão de ontem, na Assembléia Legislativa. Romanelli envolveu-se em um bate boca com parlamentares de oposição e da própria base governista, por conta de dois projetos, um que exigia a notificação de motoristas que têm a carteira de habilitação vencida, e outro relativo a reservas legais.


Desabafo
O peemedebista tentou derrubar um dos projetos e adiar o outro, mas diante da resistência dos próprios comandados, acabou desistindo. Irritado, desabafou: “tenho que reconhecer que as bancadas não estão seguindo as orientações da liderança”. “Não estou aqui para liderar aqueles que não querem fazer o que nós estamos pedindo”, cobrou. O deputado petista Elton Welter não gostou das afirmações de Romanelli. “Não aceito puxão de orelha”, reagiu.


Paródia
O líder governista, na verdade, parece cada vez mais estar incorporando o modus operandi do “chefe”, que não admite contestações, e ao menor sinal de questionamento reage como se fosse uma ofensa pessoal. Por conta disso, Romanelli – que parece sempre à beira de um ataque de nervos – coleciona desafetos dentro da própria base, que só esperam o momento para dar o troco.


Estatísticas
A secretaria de Estado de Segurança divulga entre hoje e amanhã as tão esperadasestatísticas da segurança pública referentes ao terceiro trimestre deste ano. A divulgação foi adiada por alguns dias por causa da força-tarefa para encontrar o assassino da menina Rachel Genofre. Praticamente toda a cúpula da segurança trabalha no caso.


Sobrou
Por não ter acionado a Polícia Militar para desocupar um imóvel particular invadido pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), o governo do Paraná responderá pelos danos causados durante uma ocupação. A decisão foi tomada, por unanimidade, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O Estado possuía a guarda do imóvel, de propriedade do Banco de Desenvolvimento do Paraná (BRDE). O processo foi iniciado pelo banco, em liquidação, e chegou ao STF em grau de recurso extraordinário, arquivado em abril deste ano pelo então relator, ministro Gilmar Mendes. Foi contra essa decisão que o Estado entrou com um recurso em maio deste ano. O governo paranaense contestava a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que impôs a obrigação de indenizar o banco pelos danos causados à propriedade.



Candidatíssimo
Enquanto Requião e seus aliados brigam, o senador Osmar Dias prepara um grande encontro do PDT paranaense para a próxima segunda-feira, em Curitiba. Osmar quer reunir todos os prefeitos e vereadores eleitos, para discutir o futuro do partido, e é claro, os planos para a eleição de 2010, na qual ele garante, é candidatíssimo.


Pauta
Entre os assuntos que serão discutidos estão os critérios para a realização das convenções, da reestruturação administrativa do PDT paranaense e do plano de ação político do partido nos próximos quatro anos. Foram convidados para o evento prefeitos o ministro do Trabalho Carlos Lupi, deputados estaduais e federais, vice-prefeitos e vereadores eleitos do partido em todo o Estado, e ex-prefeitos.



Em alta
A presidente do PT e ex-candidata à prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, surpreendeu a todos ontem ao aparecer no comitê de Imprensa da Assembléia pronta para “descascar” em cima de Requião. Conhecida pelo estilo “light”, Gleisi mostrou que não está para brincadeira.



Em baixa
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acusou nesta a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) – instituição que integra seu ministério – de ser corrupta e apresentar baixa qualidade de serviços. “As denúncias de escândalos, corrupção, desvio de dinheiro, estão todo o dia na imprensa.