O candidato a governador pela coligação Paraná da Verdade, Osmar Dias, esteve reunido na tarde de ontem com 25 deputados estaduais e federais eleitos no último domingo. Além daqueles, que já faziam parte da coligação no primeiro turno, Osmar recebeu o apoio de deputados do PFL que se integraram à campanha, além de parlamentares do PSDB que já estavam a seu lado desde o início.


Cruzes
A mesma sorte não tem o governador Roberto Requião. Quem não cansa de repetir que apóia com todas as letras é o deputado estadual não-reeleito Natálio Stica (PT). Outro que se ofereceu até para coordenar a campanha dele neste segundo turno é o deputado estadual Rafael Greca (PMDB), que também não reelegeu. As más línguas dizem que sonham com possíveis secretarias de Estado, caso o governador seja reeleito.


Adeus
Mais que rápido o senador Flávio Arns retoma nesta semana suas atividades parlamentares em Brasília. No Senado, participa de reuniões na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, da qual é vice-presidente, e na Comissão de Assuntos Sociais, além de acompanhar as votações no Plenário.  Quer distância da disputa do segundo turno. Apoio a Requião, teria afirmado a colegas petistas, nem pensar.


Dor de cabeça
Ainda sofrendo de “ressaca” eleitoral, a maioria dos deputados estaduais também não apareceu ontem no plenário da Assembléia Legislativa. Pouco mais de dez dos 54 deputados estaduais estava presente à sessão, que voltou a ser derrubada por falta de quórum.


Claque
A primeira entrevista de Requião depois do primeiro turno da eleição, ontem, foi acompanhada por aproximadamente 40 jornalistas. Além disso, também havia uma claque peemedebista de 60 pessoas, como cabos eleitorais e simpatizantes – que puxava palmas quando o governador dizia alguma palavra de efeito ou ria quando tentava descontrair o ambiente.


Nervo
Não foi à toa que o governador quis falar sobre os grampos de Décio Razera na entrevista coletiva de ontem. Assessores acham que o caso é que sepultou o sonho dele de ser reeleito no primeiro turno.


Onda
O presidente do PMDB, deputado estadual Dobrandino da Silva, admitiu ontem que o excesso de otimismo com a possibilidade de vitória no primeiro turno pode ter atrapalhado a campanha do governador licenciado e candidato à reeleição, Roberto Requião (PMDB). E reconheceu ainda que houve uma “onda de mudança” entre o eleitorado que favoreceu o candidato do oposição, Osmar Dias (PDT), assim como oposicionistas em outros estados.  Dobrandino, que não quer ouvir falar de aliança com o PT de Lula – de quem é adversário direto em Foz do Iguaçu, sua base eleitoral, está dividido sobre a quem Requião deve apoiar no segundo turno da eleição para presidente. Preferia que o governador mantivesse a neutralidade ou se juntasse ao tucano Geraldo Alckmin.

Em alta
O confronto mais esperado da política paranaense está marcado para a próxima segunda-feira, 9 de outubro, na Band Curitiba. Roberto Requião e Osmar Dias estarão frente a frente para mais um debate sobre o futuro do Paraná. Imperdível.

Em baixa
Em reunião entre o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e os líderes partidários, ontem, ficou decidido que o processo de cassação do mandato do deputado José Janene (PP-PR) só vai entrar na pauta de votação depois das eleições.

* Esta coluna foi elaborada por Josianne Ritz com a colaboração dos editores do Jornal do Estado.