Pegou muito mal a história da visita do presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa, deputado Durval Amaral (DEM), ao governador Roberto Requião (PMDB), no Palácio das Araucárias, no final do ano, que incluiu presente de algumas boas e caras garrafas de vinho do parlamentar ao peemedebista. Calhou que a visita tenha acontecido justamente quando Requião dava entrevista e dizia que não existe oposição no Paraná.


Namoro
Durval Amaral é oficialmente deputado da bancada de oposição. Chegou a liderar na Assembléia a bancada de apoio ao governador Jaime Lerner – arquiinimigo declarado de Requião. Mas desde que assumiu a presidência da CCJ, o Democrata vem exibindo um comportamento mais governista do que muitos deputados da base requianista. Chegou até a viajar a convite do governador para Nova York, em comitiva oficial.


Segundas intenções
Segundo consta, o namoro de Durval com Requião tem um motivo muito objetivo. Ele quer ser indicado para conselheiro do Tribunal de Contas, na vaga que deve ser aberta pela aposentadoria de Henrique Neigeboren. E disputa a indicação com os peemedebistas Caito Quintana e Orlando Pessuti. Quem conhece Requião aposta que Durval Amaral leva a vaga. É que o governador tem o costume de abandonar velhos companheiros à própria sorte para favorecer neo-aliados. Vide a eleição para a presidência da Assembléia, onde o governador deixou Caito Quintana e o também peemedebista Nereu Moura sozinhos, abrindo caminho para o ex-secretário dos Transportes do governo Lerner, Nelson Justus (DEM).


Copel
A Copel convocou ontem os acionistas para Assembléia Geral Extraordinária marcada para o dia 22 de janeiro. Na pauta, diversas modificações no Estatuto Social da Companhia, na atribuição dos diretores e a escolha de novo membro do conselho de administração da companhia no lugar de Sérgio Botto de Lacerda, que renunciou no ano passado após romper relações com o governador Roberto Requião. Já há briga de foice entre os amigos e assessores do governador para assumir o cargo de conselheiro.


Substituição
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o brasileiro gastará em média R$ 45,00 por ano com o aumento de 0,38% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com a continuidade da CPMF, aproximadamente R$ 200,00 sairiam do bolso de cada contribuinte, somente em 2008.



Megalomania
Ano vem, ano vai, e a megalomania do governador Roberto Requião (PMDB) só aumenta. Ontem, em texto divulgado pela agência estadual de notícias, o peemedebista atribui aos supostos bons resultados da administração do Porto de Paranaguá, comandada pelo “segundo-irmão”, Eduardo Requião – mais conhecido como “vovó Naná”, pela decisão do governo federal de retirar oito portos do Programa Nacional de Desestatização. Como se a União desse a menor bola para o que acontece no “país das maravilhas” requianista.


Antecedentes
As declarações do paranaense, porém, não surpreendem quem acompanha o dia a dia do governador. Recentemente Requião atribuiu à fracassada participação da Copel no leilão de novos trechos de rodovias federais o fato das empresas vencedoras terem oferecido tarifas muito abaixo do esperado.


Em baixa
E as críticas continuam. O presidente da Federação e do Centro das Indústrias de São Paulo (Fiesp/Ciesp), Paulo Skaf,  afirmou que considera “descabidas e desnecessárias” as medidas anunciadas pelo governo para compensar o fim da arrecadação com a CPMF.


Em alta
A Prefeitura de Curitiba já superou a meta inicial da administração de 25 obras na área de saúde. Em menos de três anos, já são 45 obras entregues. “Isto confirma a prioridade dada à saúde dos curitibanos”, diz o prefeito Beto Richa. “Para 2008, vamos construir mais 24”.