O governador Orlando Pessuti (PMDB) pôs panos quentes na briga com o antecessor, Roberto Requião, que em reunião da Executiva Estadual do PMDB defendeu abertamente o apoio do partido à candidatura de Osmar Dias (PDT) ao governo, afirmando que a de seu sucessor não decola e vai levar a legenda para uma derrota vexaminosa. Em entrevista em Londrina, Pessuti minimizou as atitudes de Requião, lembrando que o ex-governador tem um longo histórico de brigas de ocasião. Não pretendo transformar a divergência dele numa briga pessoal nossa, afirmou. Pessuti disse esperar que as divergências se tornem em convergências citando, como exemplo, o que ocorreu no passado entre Requião e Orestes Quércia e com o próprio Osmar. Pretendo continuar governado o Paraná e continuar com minha jornada política tendo Requião como meu cabo eleitoral, como sempre fui dele, enfatizou.
Pragmatismo
Por mais que Pessuti tente disfarçar ou relativizar, o fato é que o clima entre ele e Requião é de guerra aberta. Tanto que os dois não se falam desde a transmissão do cargo. O ex-governador não se conforma com as mudanças feitas pelo sucessor na equipe de governo. Além disso, a tentativa do ex-governador de derrubar a candidatura de Pessuti ao governo tem um motivo pragmático. Requião tem interesse em que Osmar seja candidato ao governo, pois caso contrário, terá que disputar com ele a eleição para o Senado. Pelo mesmo motivo, defende que o PT indique Gleisi Hoffmann como vice de Osmar, tirando a petista da disputa pelas duas vagas para o Senado em jogo nas eleições de outubro.
Perda de tempo
Um deputado da alta cúpula do PMDB ficou extremamente irritado com a falta de resultado da reunião de Pessuti com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada. Segundo o parlamentar, o governador só perdeu tempo na viagem, pois não teve a coragem de pôr na mesa a exigência de que o PT feche coligação proporcional com o PMDB no Paraná, em troca de um palanque para Dilma Roussef no Estado.
Cristianizado
Apesar de publicamente avaliarem o apoio a Pessuti, os petistas não estão nem um pouco animados com a perspectiva de ter o palanque do peemedebista no Estado. Avaliam que o governador será cristianizado pelo partido, e abandonado à própria sorte na campanha, tanto por Requião quanto pelos deputados da legenda. Nesse cenário, Dilma não teria nada a ganhar com a aliança.
Briga provinciana
O deputado estadual Jocelito Canto (PTB) não se conforma com a participação do colega e adversário político, Marcelo Rangel (PPS), na manifestação que cobrou o afastamento dos integrantes da Mesa Executiva da Assembleia. Ontem, distribuiu artigo em que insinua que a mãe de Rangel teria sido funcionária fantasma do Legislativo no passado. Os dois parlamentares tem base eleitoral em Ponta Grossa. O irmão de Rangel, Sandro Alex, tirou Canto da disputa do segundo turno na eleição para a prefeitura do município, em 2008.
À espera de Serra
Não bastassem as dúvidas que o senador Osmar Dias (PDT) já tem em torno de sua candidatura, o presidenciável José Serra (PSDB) ainda criou mais uma: a possibilidade de ter o senador Álvaro Dias (PSDB) como candidato a vice-presidência. Caso o irmão venha a compor a chapa encabeçada por Serra, Osmar tira o time de campo e vai disputar a reeleição com o apoio do PSDB de Beto Richa.
Na frente
O PSOL confirmou ontem a indicação de Luiz Felipe Bergmann como candidato do partido ao governo do Estado. É o primeiro candidato oficializado para a disputa.
Apoio formalizado
Em convenção estadual na noite de ontem, o PSB paranaense formalizou apoio a à candidatura de Beto Richa ao governo do estado. Beto e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, foram as estrelas da convenção, que ocorreu no Clube Dom Pedro II, no Rebouças. É uma parceria que já rendeu bons frutos na prefeitura de Curitiba e temos confiança de que vai trazer ainda melhores resultados para o Estado, afirmou Ducci. Para Severino Araújo, presidente do PSB estadual, a opção que melhor interessa ao Paraná é Beto Richa governador.
Parabólica
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) abriu a oferta de 2.696 vagas em 72 cursos superiores para a segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), do Ministério da Educação (MEC). A instituição é a segunda a oferecer o maior número de vagas, ficando atrás apenas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Em alta
O presidente da AMP (Associação dos Municípios e prefeito de Castro), Moacyr Elias Fadel Junior, comemorou hoje a aprovação da emenda que redistribui os royalties do petróleo da plataforma continental brasileira. A matéria foi aprovada na madrugada de ontem, no Senado.
Em baixa
Apesar de intensiva campanha de vacinação contra influenza A (H1N1) – gripe suína, nenhum estado conseguiu alcançar ) a cobertura mínima de 80% entre adultos de 30 a 39 anos e crianças de 2 a 5 anos de idade. Só 20% das crianças de 2 a 5 anos de idade foram imunizadas.