Impressionante a cara de pau do ex-líder do governo Requião na Assembléia, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), que comandou ontem o “enterro” da Comissão Especial de Investigação criada pela Casa para apurar as denúncias de gastos irregulares com publicidade na Secretaria de Estado da Comunicação Social. Questionado sobre se o fato da CEI – que ele presidia – ter sido encerrada sem qualquer resultado, não depunha contra a credibilidade da Assembléia, Dobrandino saiu-se com a singela afirmação de que nenhuma investigação na Casa teve qualquer efeito prático, portanto, a nova “pizza” não seria nenhuma novidade.
Cinismo
Na prática, a afirmação de Dobrandino representa uma confissão pública e cínica do ex-líder governista de que a Assembléia não cumpre sua função básica, que é fiscalizar o governo. O que acaba dando força àqueles que argumentam que se o Legislativo não faz seu trabalho, não precisa existir. Depois os deputados reclamam que são perseguidos pela imprensa.
Confissão
O fato é que desde o início a bancada do governo Requião fez de tudo para “melar” a investigação das irregularidades na propaganda oficial. Isso mesmo depois que o próprio secretário da Comunicação, Airton Pisseti, confessou publicamente a existência de pagamentos indevidos, sem autorização formal, e portanto ilegais, na atual administração.
Coincidência
Aliados do ex-governador Jaime Lerner estranharam a ação impetrada pelo Ministério Público apontando irregularidades na suposta concessão de créditos tributários relativos a uma indenização beneficiando o empresário Marcos Formighieri, em 2002. Eles consideram no mínimo curioso que a ação tenha sido anunciada poucos dias depois que o irmão do empresário, João Formighieri, tenha deixado o cargo de diretor-geral da Imprensa Oficial no governo Requião.
De partida
O deputado Chico Noroeste (PR) pode estar mudando de mala e cuia para o PT. “Nos próximos dez dias decido se mudo de partido”. O motivo da mudança é simples: eleições municipais de 2008, quando o parlamentar vai tentar uma vaguinha no Executivo.
Não quero
O líder do governo a Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) não quer nem saber da possibilidade de acumular a função de presidente do diretório estadual peemedebista, em substituição a Renato Adur, que está de saída. “Fui convidado pelo Requião, mas é impossível conciliar as duas funções. O nome de consenso é mesmo o Waldir Pugliesi”.
Cabeção
O agora deputado federal, André Vargas (PT) aproveitou a passagem por Curitiba ontem, onde participou da reunião da executiva estadual do PT, para visitar os antigos amigos na Assembléia. Como sempre, Vargas não escapou de ser chamado “carinhosamente” de cabeção pelo deputado Jocelito Canto (PTB).
Embaraço
O constrangimento de André Vargas (PT), durante a visita a Assembléia, chegou ao auge no momento em que seu adversário na disputa do próximo ano pela prefeitura de Londrina, deputado Antonio Belinati (PP), chegou para cumprimentá-lo. O petista não conseguia disfarçar o embaraço diante dos flashes dos fotógrafos.
En alta
O presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Castro, Moacyr Fadel, se reúne hoje com o chefe da unidade Paraná do IBGE, Sinval dos Santos, para pedir a revisão da contagem populacional feita nas prefeituras do Estado. A AMP afirma que houve equívocos.
Em baixa
O promotor de Justiça Fuad Faraj, de Ponta Grossa, enviou ontem representação à Procuradoria Geral para que pure eventual conduta criminal do secretário de Estado da Saúde Pública, Cláudio Murilo Xavier, que estaria se negando informações sobre UTIs.