Como dizem por aí, o governador Roberto Requião pode ser “louco”, mas não rasga dinheiro. No mesmo dia em que a Justiça lhe aplicou mais uma salgada multa de R$ 200 mil – elevando para R$ 450 mil a dívida pelos destemperos na “escolinha” – o peemedebista teve um comportamento plácido na reunião do secretariado de ontem. Sinal de que já sabia que viria chumbo grosso por aí, e não está disposto a encarar o prejuízo de continuar desafiando os tribunais.
Estrago
Por falar nisso, o passivo de Requião por conta do uso de instituições públicos para ataques a desafetos e adversários ameaça deixar o governador mais pobre no final do mandato. Somente as últimas decisões da semana ele já soma uma conta de R$ 240 mil – R$ 200 mil da Justiça Federal e R$ 40 mil da Justiça Estadual de indenização pelas acusações contra o ex-ministro Euclides Scalco. Somando os outros R$ 250 mil que já devia pelo comportamento na “escolinha” chega-se a quase R$ 500 mil que terá que sair do bolso do peemedebista para pagar os estragos.
Fogo amigo (I)
O líder do governo na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) causou constrangimento ontem aos deputados de sua própria bancada, ao criticar projeto da oposição que previa a isenção de taxas para as concessionárias em troca da redução das tarifas do pedágio. Romanelli acusou parlamentares de oposição de serem responsáveis pela implantação da cobrança, esquecendo que vários deputados da atual bancada requianista votaram a favor da implantação do serviço.
Fogo amigo (II)
Um dos que mostrou irritação com a argumentação de Romanelli foi o atual presidente da Assembléia, deputado Nelson Justus (DEM). Como secretário dos Transportes do governo Lerner, Justus foi um dos responsáveis pela implantação do pedágio no Estado.
Dança das cadeiras
Definidos os candidatos, ainda que faltem os vices, as equipes que trabalharão nas campanhas começam a se formar. Ontem foi definido que a jornalista Melissa Bergonsi deixará o comando da comunicação da Secretaria de Estado de Segurança para ser a sub-coordenadora da campanha da petista Gleisi Hoffmann à Prefeitura de Curitiba, ao lado de Sérgio Wesley, que será o coordenador.
Cassações
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), na sessão de ontem cassou mais seis vereadores por infidelidade partidária. Perderam o mandado os seguintes vereadores: Gilberto Carlos de Campos (Jesuítas) Marilene Cappellaro Faversani (Bom Sucesso do Sul), Waldemar Chaves (Guaratuba), Pedro Leite (São Jerônimo da Serra), Ademir da Rosa (Manfrinópolis), Raimundo Severiano de Almeida Júnior (Bom Sucesso). Até agora, o TRE-PR totaliza 93 cassações de mandato por infidelidade.
Rombo
O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado para 2009 (LDO) na Assembléia Legislativa, deputado Nereu Moura (PMDB), admitiu ontem que se o presidente Lula sancionar a regulamentação da emenda 29, o governo do Estado terá que acrescentar pelo menos mais R$ 300 milhões no orçamento anual da saúde pública. Isso porque não poderá continuar contabilizando como gasto em saúde despesas com a manutenção do serviço de assistência médica dos servidores públicos, o Hospital Militar e investimento em saneamento básico. O próprio deputado governista reconhece que não sabe de onde o Executivo vai tirar esse dinheiro extra.
Na pauta
Em tempo. Os deputados estaduais iniciam na próxima semana a discussão e votação da LDO para o exercício de 2009, que prevê uma arrecadação de R$ 20,3 bilhões a R$ 22 bilhões. A lei precisa ser votada antes do recesso parlamentar.
Em alta
O presidente da central sindical União geral dos Trabalhadores (UGT) do Paraná, o paranaense Paulo Rossi, foi nomeado no pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, para compor o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Em baixa
Pprojeto de lei nº 68/08, que pretendia autorizar ao Poder Executivo a adoção de medidas para reduzir as tarifas de pedágio nas rodovias que compõem o anel de integração, foi rejeitado por 21 dos 35 deputados presentes à sessão plenária, com a alegação de se tratar de matéria inconstitucional.