Neste final de semana, o PT inicia oficialmente a campanha pela candidatura de Gleisi Hoffmann, após encontro do partido que acontece no sábado. No evento, será realizada a homologação da candidatura de Gleisi, de seu vice, que até então não está definido, e da sua chapa de candidatos a vereador. A petista oficializa a missão de combater uma frente de pelo menos oito partidos que apóiam a reeleição do prefeito Beto Richa. O 16o Encontro Municipal do PT em Curitiba acontece no Clube Literário, a partir das 9h. Além das homologações, os filiados devem discutir programa de governo e as possíveis alianças.


Estrela apagada
A estrela da campanha de Gleisi pode ficar um pouco sem brilho. O apoio do senador Flávio Arns, que ela já afirmou esperar e até pedir para que ele fizesse parte da coordenação de sua campanha, não deve acontecer. Em entrevista a rádio Band News, Arns disse que não sabe ainda se vai apoiar Gleisi porque tem “várias divergência ideológicas” com o Partido dos Trabalhadores e diz que deseja apenas “o melhor para Curitiba nas eleições”. O difícil relacionamento com a cúpula do PT estadual e  nacional fizeram com que o senador anunciasse no ano passado sua saída do partido.


Medo
O início da campanha do PT também deve ser marcada pela cautela. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) já proibiu a veiculação de quatro comerciais por considerar que o partido fazia campanha eleitoral fora do período permitido. A decisão fez com que PT tivesse que refazer seus comerciais antes de colocar no ar para não levar nova invertida jurídica. É por isso que Gleisi informou à imprensa que no encontro vai apresentar o mote de sua campanha. “Vamos surpreender! Tem gente querendo estabelecer uma relação da campanha com comerciais do PT e com meu blog.


Golpe baixo
De democrático, o PMDB de Curitiba só tem o nome. O deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que se atreveu a desafiar o preferido do governador – o ex-reitor Carlos Moreira Jr – na convenção que vai escolher o candidato do partido à prefeitura no domingo, denuncia que os pré-candidatos a vereador que o apóiam estão sendo ameaçados pela direção requianista de ficarem sem legenda para concorrer.


E os vices?
Tanto Gleisi do PT,   quanto Moreira, do PMDB, entram no fim de semana de convenção e devem sair dele também sem candidatos a vice-prefeito. Nem nas próprias siglas, há gente interessada.


Sem pressa
No Tribunal de Contas, várias questões polêmicas envolvendo interesses do governo Requião continuam tendo suas decisões proteladas.  Esta semana mais uma vez a Corte adiou as decisões para consulta do governador sobre as aposentadorias dos integrantes do Ministério Público, e outra da Secretaria de Educação sobre a legalidade da compra dos 22 mil televisores laranja.


Rigor
Já em relação aos municípios, o tribunal tem sido mais ágil e rigoroso. Na quinta-feira, o plenário negou recurso e manteve a decisão que condenou o ex-prefeito de Guaratuba, José Ananias dos Santos e cinco servidores da gestão 2001-2004 a devolver dinheiro ao cofre municipal. O valor que deverá ser ressarcido pelo grupo somava R$ 301.042,83 em 2002. Auditoria do TC comprovou desvio de recursos através da simulação de compras e contratação de serviços e o uso de notas fiscais frias para justificar saques em dinheiro, feitos diretamente no caixa.


Em alta
O Paraná é o terceiro estado com maior número de títulos de eleitores cancelados. A Justiça Eleitoral excluiu 128.948 títulos paranaenses e em todo país foram cancelados mais de 1,86 milhões. Deste total, 1.287.562 foram cancelados por meio de revisão.


Em baixa
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-prefeito de Rio Branco do Sul, João Dirceu Nazzari, o ex-secretário de Governo, Osni Rolim de Moura, o  e o ex-secretário de Finanças e Administração,  Ben Hur Pinheiro Di Credo, ao pagamento conjunto de R$ 733.917,03 por fraude. em obra de hospital.