A dura reação da presidente do PT do Paraná, Gleisi Hoffman, às críticas do governador Requião as medidas adotadas pelo governo Lula contra a crise econômica não foram impulsivas, muito menos gratuitas. Gleisi agiu orientada pela cúpula nacional do PT, incluindo aí gente do alto escalão do governo Lula. A ordem recebida por ela foi afastar o partido de Requião o quanto antes para pavimentar uma aliança com o senador Osmar Dias (PDT) para a disputa pelo governo em 2010.


Chapa
Ao contrário do que os petistas locais afirmam publicamente, os articuladores políticos de Lula estão convencidos de que o partido não tem um candidato competitivo ao governo no Paraná. A prioridade de Lula é garantir um palanque forte no Estado para sua candidata à sucessão presidencial, ministra Dilma Roussef. E a avaliação é de que a melhor opção hoje seria uma aliança com Osmar para o governo, e um petista de vice.


Osso
O problema de Gleisi é que os deputados estaduais do PT e os integrantes do partido que ocupam cargos no governo Requião não querem “largar o osso” de jeito nenhum. A ordem, por enquanto, é evitar marolas e ir “cozinhando em banho-maria” o governador. Pelo menos até 2010, quando aí sim, o partido deve seguir outro rumo, longe do peemedebista.


Anistia
A bancada da oposição apresentou ontem um requerimento à secretária de Estado da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon, pedindo uma lista dos possíveis beneficiados com a proposta do governo de anistiar os servidores públicos ou empregados da administração pública demitidos irregularmente entre os anos de 1983 e 1988. O líder do governo na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli, porém, orientou sua bancada a derrubar o pedido, que foi rejeitado com 19 votos contrários e 15 favoráveis.


Seguro
A Assembléia aprovou ontem o pedido de informações do líder da oposição, deputado Élio Rusch (DEM), que requer dados sobre os contratos de seguro firmados pela Cohapar nos últimos cinco anos. Rusch quer saber quais as empresas seguradoras contratadas e as corretoras, além do número de licitações, os respectivos valores e possíveis aditivos e também os critérios de participação das empresas na licitação.


Na Câmara
Mensagem do prefeito Beto Richa propondo alteração nas diretrizes de elaboração da lei orçamentária está submetida ao processo de emendas, considerando normativas impostas pelo Tribunal de Contas do Estado.


Unopar na berlinda
A primeira supervisão feita pelo Ministério da Educação (MEC), em quatro centros de ensino superior que se dedicam ao Ensino de graduação à distância, revelou que todas têm problemas que vão de falta de coor enadores a pólos de atendimento sem a menor infra-estrutura. Juntas, as quatro instituições – Universidade do Oeste do Paraná (Unopar), Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi) e Faculdade Educacional da Lapa (Fael) – concentram 46,6% dos 551.860 alunos hoje matriculados em cursos a distâncias de instituições privadas de ensino. A ordem agora é reduzir a instituições para garantir o mínimo de qualidade. É esperar para ver.


Em alta
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou do governo nesta terça-feira (18) medidas para incentivar a atividade econômica do país. Para o senador, as providências tomadas até agora para combater os efeitos da crise financeira internacional são insuficientes.


Em baixa
O Ministério Público Federal de Umuarama ajuizou, ação civil pública de improbidade administrativa contra o prefeito de Umuarama, Luiz Renato Ribeiro de Azevedo por constatar que houve desvio no dinheiro para a realização do projeto Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes.