DOntem ficou claro que Requião não quer disputar os pedágios, mas apenas “melar” o leilão, para impedir as novas concessões. Mas o governo federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres está acompanhando de perto cada passo do governador paranaense e sabe que a questão é meramente política. E diz estar preparada para garantir na Justiça a realização da licitação.


Conta pesada
A derrota do governo na disputa judicial com o consórcio Dominó expôs mais uma vez a irresponsabilidade com que Requião trata a adminstração pública. Com a decisão do Superior Tribunal de Justiça de anular o ato do governador que cancelou o acordo de acionistas da Sanepar, os paranaenses já podem começar a preparar os bolsos para as milionárias indenizações que o consórcio deve cobrar do Estado pela bravata requianista.


Estresse
Requião se irritou ontem com um protesto, em Foz, de trabalhadores do setor urbanístico, que cobravam a instalação de um conselho estadual para discutir as políticas de desenvolvimento do município. Seguranças retiraram a força as faixas dos manifestantes, provocando a reação do governador. “Repressão a manifestação não tem sentido. Qualquer manifestação, por mais idiota que seja, é permitida”, afirmou.


Vazio
Depois do “esforço” concentrado na segunda-feira para aprovar a toque de caixa a autorização para o governo Requião participar do leilão dos novos pedágios, as sessões da Assembléia Legislativa se esvaziaram. Ontem, pouco mais de dez deputados apareceram no plenário no início da sessão. O esvaziamento foi explicado pelo fato de que sete deputados teriam viajadoa Foz para o congresso das cidades. Na prática, a base do governo é que preferiu tirar o time de campo para esfriar as discussões políticas no Legislativo, infladas pela questão do pedágio e do nepotismo.


Filho
O diretor-presidente da Ambiental Florestas, o ex-deputado Djalma de Almeida Cesar, compareceu pessoalmente ao Jornal do Estado ontem para esclarecer que quem ocupa o cargo de subgerente da Cohapar em Ponta Grossa é seu filho. Portanto, o ex-deputado não acumula as duas funções no governo do Estado, como informou matéria publicada na edição da última segunda-feira do JE. Djalma admitiu que seu nome aparece erroneamente duas vezes na relação dos comissionados publicada pelo governo na internet.


Silêncio
O Ministério Público do Paraná (MP/PR) adotou a estratégia de não responder mais com palavras aos ataques de Requião. A idéia é não dar corda para as insanidades do governador. O MP já se prepara para contestar na Justiça os ataques do peemedebista.


Na CPI da Crise Aérea
O deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures, vice-líder do PMDB na Câmara, disse, ontem que a CPI da Crise Aérea tem elementos suficientes para pedir o indiciamento da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu. O relatório final do deputado Marco Maia (PT-RS) pediu apenas o indiciamento dos pilotos do Legacy, Joseph Lapore e Jan Paladino, além de quatro controladores de vôo. Rodrigo lembra que o simples fato de a ex-diretora ter apresentado à Justiça Federal, em São Paulo, documento sem valor legal que embasou a decisão da desembargadora Cecília Marcondes de liberar as operações no Aeroporto de Congonhas em dias de chuva bastaria para o indiciamento dela.



Em alta
O prefeito Beto Richa anunciou  ontem a licitação para obras  na rua Alagoas, no Portão. O investimento será de R$ 3,49 milhões. A obra também deveria ter sido feita com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Estado (FDU), bloqueados pelo governo Requião.


Em baixa
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) condenou o prefeito de Sarandi, Cido Spada a prestar serviços à comunidade oe a pagar oito salários mínimos por crime contra a ordem tributária. A denúncia foi  Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR-4).