A decisão do Diretório estadual do PSDB de priorizar o lançamento de um candidato próprio ao governo do Estado surpreendeu os meios políticos paranaenses, para quem a tendência era dos tucanos continuarem em cima do muro até o início do ano que vem para evitar o risco de rompimento precoce da aliança de oposição com o PDT do senador Osmar Dias. Ao assumir publicamente a preferência por um nome próprio na sucessão, a cúpula tucana, na prática, precipita a definição de candidaturas e alianças, e dá a entender que a frente oposicionista está com os dias contados.


Senha
Ao sinalizar a candidatura própria, o PSDB praticamente dá a senha para que o PDT de Osmar parta em busca de outros aliados. Entre eles o PT, cujo apoio já foi oferecido pelo presidente Lula. E o PMDB de Requião, que sem um nome forte para o governo, pode se agarrar nessa composição para sobreviver e eleger o governador para o Senado.


Xeque
O principal responsável pela precipitação da definição do quadro sucessório é o senador Alvaro Dias. Ao colocar claramente na reunião de ontem do diretório tucano a intenção de disputar a indicação de candidato ao governo pelo PSDB, o senador colocou o partido em xeque, e obrigou os demais a se posicionarem. Agora, vai ter que enfrentar a disputa interna, onde o prefeito de Curitiba, Beto Richa, leva vantagem.



Simepar
A Assembléia Legislativa aprovou ontem requerimento do deputado Luis Carlos Martins (PDT) pedindo à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia informações detalhadas sobre a situação do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). Martins diz ter recebida denúncias de que a estrutura do órgão estaria defasada, em termos de equipamentos e de pessoal. Entre outras questões, ele quer saber quantos são os funcionários do Simepar, além de dados sobre treinamentos e atualizações dos técnicos da entidade.


Ferroeste
Outros dois requerimentos da bancada de oposição também foram aprovados ontem. Um deles, do deputado Marcelo Rangel (PPS) pede ao secretário de Transportes, Rogério Tizzot, informações sobre a venda, através de leilão público, de 38 quilômetros de trilhos do estoque da Ferroeste. O outro pedido de informações é sobre a renovação do contrato com a empresa responsável pela travessia do ferryboat entre Matinhos e Guaratuba.


Caminhonete
O deputado estadual Antonio Anibelli (PMDB), que na semana passada “subiu nas tamancas” por conta do aumento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para caminhonetes de cabine dupla, como é o casa da sua vistosa Toyota Hilux, negou ontem estar trabalhando em causa própria. “Não temos bancada da caminhonete”, garantiu Anibelli, que jura estar preocupado com todos os que pagam o imposto, apesar de não ter demonstrado essa preocupação na votação do IPVA no ano passado.


Trégua
Um deputado estadual que torce pela aprovação da reforma política e é contra a chamada “janela da infidelidade”, definiu bem ontem esse novo casuísmo planejado pelo Congresso Nacional para burlar a proibição da mudança de partido pela Justiça: “é como se você fosse casado, e a cada quatro anos tivesse um mês para ser infiel”.


Em alta
As empresas RC Engenharia, da Lapa, e MI Construtora, de Salto de Lontra, apresentaram propostas para a reforma do terminal de ônibus do Hauer. A apresentação da documentação para habilitação, da proposta de preço e proposta técnica, foi ontem.


Em baixa
O  deputado estadual Jocelito Canto (PTB) cobrou a falta de cumprimento de algumas leis que são aprovadas na assembleia. Canto lembrou, por exemplo, uma lei que determina também a indicação de medicamentos genéricos nos receituários.