Indignado com a inexpressiva votação alcançada, o deputado estadual
Fábio Camargo (PTB) ameaçou, logo depois do fim da apuração, demitir
toda a equipe, incluindo o pessoal que trabalha nos bairros. Além de
terminar em sexto lugar na disputa pela Prefeitura, o petebista não
conseguiu eleger o primo Maurício Camargo (PTB) como vereador.

Preparados
A candidata petista Gleisi Hoffmann (PT) e o candidato peemedebista Carlos Moreira estavam mais calmos.

Parentada
Sobrinha do presidente da Assembléia Legislativa, Vani Justus (PMDB)
foi eleita para administrar Guaratuba, com 43,99% dos votos, enquanto
Miguel Jamur (PTdoB) ficou com 36,50% e Mário Bezerra (PTB) obteve
11,23%. Já a irmã do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), Neuza
Pessuti (PMDB), não teve a mesma sorte. Perdeu o cargo de prefeita da
cidade de Jardim Alegre por pouco. Enquanto obteve 49,88% dos votos, o
seu oponente levou a melhor, com 50,12% dos votos.

Manobra
Mal saiu o resultado da eleição, os principais articuladores do PSDB —
maior bancada da Câmara de Curitiba — já buscavam uma maneira de
garantir uma cadeira para a vereadora Nely Almeida (PSDB), que não se
reelegeu por falta de apenas 50 votos. Primeira suplente do partido,
Nely deve acabar sendo garantida com a escolha de um dos eleitos para
compor o secretariado de Beto Richa (PSDB).

Zero
Em Curitiba, três candidatos a vereador não receberam um voto sequer.
Ou seja, nem o próprio voto tiveram. Os autores da proeza são Afonso
Solek (PP), Zeca UTP (PMDB) e Guilherme Caron (PP). Outros três — Erre
Maria (PDT), Ana da Visitação (PSB) e Eunice do Carmo Bina (PRTB) —
tiveram um voto cada.


In loco
A candidata e travesti Andrielly Vogue (PT) foi ao TRE acompanhar a
apuração dos votos. A petista queria a todo custo ter acesso a listagem
dos eleitos. Andrielly, que teve o cabelo raspado na cadeia, exibia
longas madeixas. Tratava-se de uma peruca.

Rejeitado
Depois de ser flagrado distribuindo medicamentos, fraldas, dentaduras,
cadeiras de rodas e outros objetos, em troca de votos, na Casa do Povo,
Iris Simões (PR) já foi rejeitado pelas urnas como candidato a deputado
federal, em 2006, e agora não conseguiu se eleger vereador.

Velho Requião
O governador do Paraná, Roberto Requião, ironizou a impresa pelo
“trabalho para a atual administração”, disse. “Foi uma boa eleição. Sem
debate e sem discussão”, avaliou. Ao ser indagado sobre as críticas de
Mário Roque, candidato a prefeito de Paranaguá pelo PMDB, que em um
vídeo fez pesados ataques ao governador, a resposta de Requião foi:
“Estou votando e você me pergunta isso? Veja a bobagem que você me
perguntou. O que você tem nessa sua cabecinha para me perguntar uma
coisa dessas?”, disparou o governador.

Em baixa
Requião, na verdade, não tinha motivos para comemorar. Além de ter
visto seu candidato Carlos Moreira (PMDB) ficar em terceiro lugar, com
1,5% dos votos, não conseguiu nem sequer eleger Doático dos Santos
(PMDB) como vereador, já que só conseguiu 1.536 votos. Isso porque o
slogan de Doático era garantir o “requianismo”.

Em alta
Roberto Aciolli foi o candidato campeão de votos em Curitiba. Com
17.377, ele foi eleito; em segundo lugar ficou o professor Galdino, com
11.736 e em terceiro foi reeleito Aladim Luciano que somou 6.315. O PV
totalizou 78.339 votos, sendo 10.034 na legenda.

Em baixa
É impressionante. A página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
funciona o ano inteiro, com exceção do dia da eleição. Ontem, a página
do Tribunal na internet deixou redações e eleitores perdidos. A falta
de informações irritou os candidatos também.