O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) rebateu ontem as cobranças do líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), que na semana passada acusou os petistas paranaenses de serem desleais com o PMDB ao buscarem uma aliança com o senador Osmar Dias (PDT) para a disputa pelo governo em 2010. Para Veneri, as declarações de Romanelli são apenas um sintoma de que o PMDB estaria procurando uma desculpa para romper com o PT no Paraná e se aliar com adversários do partido no Estado – no caso, o PSDB de Beto Richa.


Movimento
Romanelli se justificou alegando que suas críticas se referiam apenas a alguns membros da direção do PT, como o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e a presidente estadual do partido, Gleisi Hoffmann, que estaria por trás desse movimento na direção de uma aliança com Osmar Dias. Segundo ele, o partido tem o direito de buscar novos aliados, mas deve dizer isso claramente ao PMDB, que tem ficado sabendo dessas articulações pela imprensa.


Veto
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa rejeitou ontem duas emendas que pretendiam estender ao funcionalismo público estadual, os 14,9% de reajuste proposto pelo governo Requião para o piso mínimo regional. A oposição argumentava que o governo não podia exigir que o setor privado pague o reajuste para os trabalhadores do setor, enquanto o Estado oferece apenas a reposição da inflação do período ao servidores públicos.


Pauta
Outra emenda, do deputado da bancada governista, Mauro Moraes (PMDB), tentava estender o aumento aos policiais civis e militares. Com a rejeição das emendas, prevalece a proposta original do governo que prevê o reajuste do piso regional em seis faixas salariais – entre 605,52 e R$ 629,65. O piso vale apenas para os trabalhadores do setor privado cujas categorias não possuem acordos coletivos de trabalho. O projeto volta à pauta do plenário hoje.


Chega de perder
O PSDB de Londrina quer criar novas lideranças. Não sabe como fazer isso, mas os tucanos se reuniram no final de semana e perceberam que não dá mais para o deputado federal Luiz Carlos Hauly concorrer à Prefeitura de Londrina. Hauly disputou a prefeitura de Londrina pela primeira vez em 1996, 2000, 2004 e 2008. Aliás, perdeu três vezes numa única eleição: ficou em segundo no primeiro turno, em segundo no segundo turno e em segundo no terceiro turno.


Com crise, sem festa
A Comcam Fest – festa tradicional da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão – no Centro-Oeste do Estado, foi adiada para o segundo semestre. O evento que sempre ocorria no primeiro semestre, não tem data marcada. O motivo é a crise econômica que vem reduzindo os repasses do FPM. “E se a coisa não melhorar, não terá nem festa”, sentenciou o presidente da Comcam e prefeito de Campo Mourão, Nelson Tureck (PMDB).


Câmara Municipal
Os integrantes da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara de Curitiba aprovaram ontem, em reunião dirigida pelo presidente, vereador Paulo Frote (PSDB), a abertura de dois créditos adicionais especiais assinados pelo prefeito Beto Richa. Os documentos, agora, seguem ao plenário para recebimento de emendas no prazo de três sessões ordinárias consecutivas. Além disso, limparam a pauta da semana, com a apreciação de 26 projetos apresentados por diversos vereadores.


Em alta
A Urbs começa hoje o cadastramento obrigatório dos prestadores de serviços de motofrete (transporte de pequenas cargas com motocicletas) que será feito de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, na Estação Rodoviária de Curitiba.


Em baixa
A crise financeira internacional causará, em 2009, um prejuízo superior a R$ 8 bilhões para os municípios brasileiros por causa da redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com a queda na arrecadação dos impostos. A previsão é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).