Na Assembléia Legislativa, nem os deputados do PMDB conseguem esconder, por trás das declarações oficiais, que o desembarque da canoa requianista já começou. O resultado das eleições municipais só reforçou a constatação de que o governador já é carta fora do baralho no xadrez da política paranaense, e corre o risco de ficar falando sozinho neste final de mandato.


Vale tudo
Na falta de um candidato natural à sucessão estadual, e com Requião fora de combate, os parlamentares peemedebistas já admitem composições das mais estapafúrdias para a disputa de 2010. Vale desde aproximação com o PSDB de Beto Richa, até alinhamento ao PDT de Osmar Dias. Tudo para salvar a própria pele diante do fim melancólico da era requianista.


O de sempre
A Requião resta reclamar. Em matéria publicada na agência estadual de notícias, o governador criticou o processo eleitoral. “A coisa não está como deveria ser. A mídia toma partido de uma forma evidente. Ela fecha com determinados candidatos e não há espaço para outros colocarem as suas propostas. Isto não é democracia, porque democracia sem informação não é democracia”.


Divã
Já no PT, a ordem é repensar totalmente os rumos do partido, depois do fracasso nas eleições de domingo. Tanto o chamado “grupo de Londrina”, encabeçado pelo deputado André Vargas e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, quanto o grupo curitibano, de Jorge Samek e companhia, estão com a cabeça à prêmio, diante dos resultados vexaminosos da legenda na disputa municipal.


Renovação
Internamente, a avaliação entre os petistas é que o partido pagou caro pelo atrelamento a Requião, e pela falta de iniciativa em Curitiba. E só vai recuperar essa iniciativa com renovação geral no comando da sigla.


Esportistas
Luizão Stellfeld (PC do B), Eduardo Força Livre (PSDB), Nello (PC do B), Bicudo (PPS), Noguchi (PMN), Foguetinho (PP), Souza do Esporte (PSL), Papagaio (PP). O que estes candidatos à vereador de Curitiba têm em comum? Todos estão ligados ao mundo esportivo e não se elegeram. Por outro lado, Julião da Caveira (PSC) e Aladin (PV) garantiram uma cadeira na Câmara da Capital. O primeiro se elegeu com o prestígio de ser presidente da Fanáticos, torcida organizada do


Satisfeito
O deputado estadual Ney Leprevost (PP) estava feliz da vida ontem. Dos 38 vereadores eleitos, 16 tiveram o apoio dele. O deputado também viu 25 prefeitos que apoiou serem eleitos.  Ney também continua o recordista de votos como vereador de Curitiba. Ele conseguiu 18.680 votos, mais que o campeão deste ano: Roberto Acciolly (PV).


“Geléia geral”
Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) estava um tanto melancólico com as eleições ontem. Em discurso, ontem, criticou a “geléia geral” em que, segundo ele, transformou-se a vida partidária nacional. Ao traçar uma análise dos resultados das eleições municipais realizadas neste domingo, o parlamentar lamentou que os partidos não baseiem mais sua atuação e coligações no conteúdo de seus programas, mas em interesses locais.
 Atlético. Aladin foi ídolo do Coritiba.


Em alta
As mulheres vão aumentar a presença nas prefeituras brasileiras em 2009. Do total de candidatos eleitos para as prefeituras brasileiras, 9,16% são mulheres —enquanto em 2004 (ano das últimas eleições municipais) o índice de mulheres eleitas foi de 7,32%.



Em baixa
Apenas dois deputados tiveram o que comemorar ontem na primeira sessão da Assembléia Legislativa após a as eleições.  Belinati, que disputará o segundo turno com Hauly, foi um deles. O outro é Edgar Bueno (PDT) eleito em Cascavel.