O comportamento do governador Roberto Requião na reunião semanal da “escolinha” tem assustado até aliados do peemedebista. A avaliação é de que Requião demonstra cada vez mais desequilíbrio e não conseguiu superar o ressentimento pelo resultado apertado da última eleição. O que, segundo o temor de muitos que apoiaram a reeleição dele, só traz ainda mais dificuldades no plano político para o segundo mandato.


Baixo nível
O que mais choca na reunião da “escolinha”, não são nem as diatribes raivosas do governador contra seus desafetos. É o tom de galhofa e o linguajar de mau gosto que permeia as intervenções de Requião, mais apropriadas a ambientes de baixa moralidade, do que a uma reunião oficial de governo, transmitida publicamente pela emissora oficial de TV.


Atrasado
Com um mês de atraso, a Secretaria de Estado da Fazenda divulgou ontem os dados sobre as contas do governo Requião no final do mandato anterior em 2006. Segundo os dados oficiais, o Estado teria em dezembro do ano passado uma disponibilidade de caixa de R$ 12,8 milhões. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, esses números teriam que ser publicados na internet até 31 de janeiro último.


Internet discada
A comunicação não parece mesmo ser o forte da bancada peemedebista na Assembléia. Durante a sessão de ontem, o deputado Alexandre Curi veio aos jornalistas e disse que o partido havia lançado o Caíto Quintana candidato à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Cinco minutos depois, o líder do governo, Luiz Claúdio Romanelli (PMDB) informa que Durval Amaral é o novo presidente da Comissão.


Oposição
O deputado Valdir Rossoni (PSDB) está convocando para a próxima terça-feira, depois da sessão, uma reunião com os deputados de oposição. Na ocasião, Rossoni pretende descobrir com quantos parlamentares a oposição irá contar e também espera ser mantido na liderança anti-governista. Nas contas do tucano, à princípio, os oposicionistas devem ser 12.


Ídolos
Parece que o ídolo da vez do governador Roberto Requião não é mais  o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, mas  sim o presidente da Bolívia, Evo Morales. Pelo menos é o que modelo da nova carteira de identidade indicava ontem. A assinatura de mentira era de Morales.


Alinhado
Depois de passar quase todo o primeiro mandato acusando o presidente Lula de ter aderido ao neo-liberalismo, o governador Roberto Requião (PMDB) agora não poupa esforços para agradar ao Palácio do Planalto. Ontem, participou de reunião com outros cinco governadores do PMDB: Sérgio Cabral Filho (RJ), Luiz Henrique da Silveira (SC), Eduardo Braga (AM) e Marcelo Miranda (TO), em apoio à candidatura do ex-presidente do STF, Nelson Jobim, à presidência nacional do partido. Jobim é o candidato preferido de Lula, e disputa o cargo com o atual presidente, deputado federal Michel Temer.


Abraço de afogado
A depender do histórico recente dos apoios de Requião no plano nacional, Nelson Jobim deve ficar preocupado. Na eleição para a presidência da Câmara, o governador apoiou a reeleição de Aldo Rebelo (PC do B/SP), também candidato preferido pelo Planalto. Aldo foi derrotado pelo petista Arlindo Chinaglia (PT/SP)


Em alta
A Prefeitura de Curitiba reduziu as dívidas municipais em R$ 154 milhões, em dois anos. As informações detalhadas sobre as dívidas municipais fazem parte da prestação de contas que será feita hoje, às 14h, na Câmara Municipal.


Em baixa
O senador Alvaro Dias (PSDB) apresentou projeto que proíbe a privatização do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás. O projeto altera a Lei 9.491/1997 que dispõe sobre o Programa Nacional de Desestatização.