O líder da bancada de oposição na Assembléia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), classificou ontem como desigual o tratamento que Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem dado ao governo Requião em relação às prefeituras do Estado. Para o tucano, o TC age com dois pesos e duas medidas ao punir duramente os prefeitos com faltas bem menores que as verificadas nas contas de Requião de 2006.
Contradição
Rossoni lembra que somente em relação a prestação de contas do ano passado, o próprio tribunal confirmou a existência de mais de duas dezenas de irregularidades, algumas delas graves, como o déficit de R$ 195 milhões e gastos com publicidade sem autorização. “E mesmo assim o parecer foi favorável pela aprovação, enquanto por muito menos, vemos prefeitos perdendo até os direitos políticos”, lembrou.
Precedente
Para o líder oposicionista, a atuação do TC acaba abrindo um precedente perigoso. “Como o Tribunal vai cobrar rigidez nas contas dos municípios, se deliberadamente, fecha os olhos a tamanhas irregularidades?”, questiona.
Tristeza
O vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti, estaria arrependido de ter recusado o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas estadual. Tudo porque ele já percebeu que o governador Roberto Requião não lhe dará apoio para disputar o governo. A notícia estava na coluna de Claudio Humberto publicada ontem.
Parecer
Está nas mãos do procurador Geral de Justiça, Milton Riquelme, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) encabeçada pela bancada de oposição na Assembléia, contra a lei aprovada pela Casa que permite ao governo criar, remanejar e transformar cargos em comissão por decreto, sem autorização do Legislativo. A adin tramita no Tribunal de Justiça, que agora aguarda parecer do MP para julgá-la.
Regra
Na ação, os deputados alegam que a lei fere o artigo 53 da Constituição Estadual, pelo qual a criação de cargos em comissão devem ser “submetidos à aprovação do Legislativo”. E lembram que já existem mais de 3,6 mil cargos dessa natureza no Estado.
Continuidade
O líder da bancada de situação na Câmara Municipal, vereador Mario Celso Cunha (PSDB), comemorou ontem o resultado da pesquisa que coloca o prefeito Beto Richa (PSDB) com ampla vantagem na disputa pela sucessão na Capital, e com 77,90% de aprovação entre eleitorado. Na avaliação de Cunha, os números não deixam dúvidas de que há uma resposta positiva dos curitibanos a atual administração. “Faltando pouco mais de um ano para as próximas eleições, as pessoas deixam claro que querem a continuidade deste trabalho”, diz.
Mãozinha
Nome preferido do governador Requião para ser o candidato do PMDB à prefeitura de Curitiba, o reitor da UFPR, Carlos Moreira, já vem recebendo uma mãozinha do governo. Ganhou um programa diário de cinco minutos na TV Educativa, onde tem defendido constantemente que a Capital precisa saber o que quer para ter um projeto de futuro. Há quem já tenha identificado nas declarações o uso eleitoral de um espaço público – no caso a emissora estatal. Não será estranho se amanhã ou depois uma nova ação contra o uso político da emissora aparecer na Justiça.
Em alta
O Santander será o novo banco a administrar a folha de pagamento dos servidores da Prefeitura de Curitiba. O banco venceu a licitação da Prefeitura ontem, na Secretaria Municipal da Administração. O Santander pagará R$ 140.500.000,00 à Prefeitura, valor do lance.
Em baixa
O Paraná não quer fazer feio e a exemplo do que deve acontecer hoje em Campo Grande também deverá ter a campanha “Eu Quero vaiar o Lula”. Há quem garanta que já tem gente andando com adesivo da campanha pelas ruas da cidade.